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Alunos e professores da Universidade de Brasília enterram cápsula do tempo

Evento contou com a participação de mais de cem pessoas, que deixaram mensagens sobre como imaginam a instituição nos próximos cinco anos

Igor Caíque*
postado em 04/09/2017 16:01

Estudantes e funcionários da Universidade de Brasília (UnB) se reuniram na tarde desta segunda-feira (4) para enterrar uma cápsula do tempo. O objetivo é escrever mensagens para o futuro, contendo as expectativas de melhorias no câmpus Darcy Ribeiro nos próximos cinco anos. O ato ocorreu ao lado do Restaurante Universitário e contou com cerca de cem participantes.

O encontro foi organizado por meio de parceria entre o projeto UnB Places, a Diretoria de Esporte e Arte (DEA) e a Associação dos Docentes da UnB (AdUnB). Emília Félix, organizadora do evento e integrante do UnB Places, afirma que o maior ganho do projeto é o estímulo à integração entre alunos, funcionários e professores. ;Além disso, a ideia é melhorar a infraestrutura do campus. No lugar onde a cápsula foi enterrada, serão construídos alguns bancos para os estudantes desfrutarem desse espaço que, na maioria das vezes, é vazio;, afirma.

Cápsula do tempo será aberta em 2022, ano em que a UnB celebra sessenta anos de fundação.


Futuro
A ideia do ato é desenterrar a cápsula em 2022. Na ocasião, os organizadores do evento, junto à comunidade acadêmica, pretendem comparar o conteúdo das mensagens com a realidade do câmpus. Fernando Gustavo Barbosa, 20 anos, é aluno de arquitetura e urbanismo. Ele está no primeiro semestre da faculdade e, quando a cápsula for aberta, ele estará no fim da graduação. O jovem espera que nos próximos cinco anos a infraestrutura da instituição esteja mais adequada aos alunos.


;Esses espaços deteriorados têm que ser revitalizados, pois tudo isso acaba impedindo que os estudantes tenham mais conforto no campus;, afirma. Ele deseja ainda que o respeito entre os alunos prevaleça em meio aos casos de intolerância que a instituição vive nos últimos anos. ;O apreço com as diferenças deve ser cada vez mais discutido na comunidade acadêmica. Isso é importante para conscientizar os alunos sobre essa onda de violência;, pontua.

O estudante Fernando Gustavo acredita que o projeto pode promover mais debates acerca da tolerância.


Natália Castro, 18, estudante do segundo semestre de medicina veterinária, espera que a UnB se desenvolva em pesquisas científicas. ;Estudos acerca do câncer precisa de mais investimentos, assim como as hemácias e as doenças neurológicas. Há muitas dúvidas sobre essas patologias e a gente precisa de mais incentivo para fazer novas descobertas;, diz.

Contribuição à comunidade
Na oportunidade, os participantes do evento apreciaram as músicas da banda Comboio Percussivo, que embalou canções que pregam respeito às diferentes etnias, religiões e orientações sexuais. Essas são, também, as expectativas da professora dos cursos de licenciatura Ana Cecília Ferreira Amorim. ;Diversidade, tolerância e lutas diárias contra o machismo, racismo e a homofobia devem ser debatidas sempre. Esse projeto prega as relações interpessoais e deve ser estendido para os demais câmpus da UnB;, avalia a docente.

Estudantes escrevem mensagens falando sobre a expectativa de melhoria no câmpus.

A estudante do oitavo semestre de comunicação social Letícia Vieira Lima, 21, escreveu mensagem falando sobre a importância da instituição para a comunidade. ;Vários cursos desenvolvem projetos interessantes, que contribuem para o bem-estar da população. Eu espero que nos próximos cinco anos a UnB se destaque ainda mais nessa questão;. Ela afirma, ainda, que projeto é importante, visto que incentiva o sentimento de pertencimento dos alunos. ;Quanto mais a gente conhece o espaço acadêmico, mais a gente desenvolve os melhores resultados no nosso curso;, destaca.

*Estagiário sob supervisão de Ana Paula Lisboa

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