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Universidade Católica demite professores e reduz quadro de profissionais

Baixo ingresso de alunos e crise econômica que assola o país foram determinantes na decisão, afirma pró-reitor da instituição. Seriam 28 demitidos apenas na pós-graduação

Gabriela Andrade*
postado em 15/12/2017 21:00

Até o momento, ao menos 20 professores foram demitidos da Universidade Católica de Brasília (UCB). A informação foi confirmada pelo pró-reitor de administração Dilnei Lorenzi. A instituição afirma não se tratar de caso de demissão em massa, mas de desligamentos pontuais, que se justificam pelo remanejamento de cursos e não estão ligados à nova reforma trabalhista.


Dilnei Lorenzi ressalta que as demissões se devem à crise financeira. Em nota, a UCB afirmou não ser um caso de demissão em massa, mas de desligamentos que se justificam pelo remanejamento de cursos: ;Diante de rumores infundados sobre demissões em massa, a Universidade Católica de Brasília esclarece a opinião pública que tal informação não procede. Foram realizados apenas desligamentos pontuais motivados por ajustes internos da instituição;.

Não há ainda número exato de professores demitidos, mas o pró-reitor afirmou que, até 22 deste mês, mais docentes serão desligados da UCB. Segundo fonte consultada pelo Correio, as demissões afetam diretamente o núcleo de pós-graduação da universidade, que teria 28 professores de seu quadro já afastados neste mês, além de professores da graduação e funcionários técnico-administrativos. A decisão afetaria dezenas de orientandos com bancas examinadoras marcadas para defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). As novas diretrizes são fruto de possibilidades abertas pela reforma trabalhista.

Recentemente, tomou ampla repercussão o caso da Universidade Estácio de Sá, que demitiu 1.200 professores, surpreendendo alunos e docentes. O plano seria demiti-los para novas recontratações em 2018, com salários mais baixos e sem CLT.

Pós-graduação sai prejudicada

Não há ainda número exato de professores demitidos, mas o pró-reitor afirmou que, até 22 deste mês, mais docentes serão desligados da UCB. Segundo fonte consultada pelo Correio, as demissões afetam diretamente o núcleo de pós-graduação da universidade, que teria 28 professores de seu quadro já afastados neste mês, além de professores da graduação e funcionários técnico-administrativos. A decisão afetaria dezenas de orientandos com bancas examinadoras marcadas para defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). As novas diretrizes são fruto de possibilidades abertas pela reforma trabalhista.

Recentemente, tomou ampla repercussão o caso da Universidade Estácio de Sá, que demitiu 1.200 professores, surpreendendo alunos e docentes. O plano seria demiti-los para novas recontratações em 2018, com salários mais baixos e sem CLT.

Professores não se enquadrariam

Questionado mais uma vez sobre a redução do quadro, Lorenzi enfatizou que, além da crise, alguns profissionais não se enquadam mais no perfil exigido pela instituição. "Eles não corresponderam às expectativas de trabalho. Seja pela dificuldade de tradução da proposta pedagógica, cumprimento do plano de ensino ou, até mesmo, de relacionamento com alunos", pontua.

O pró-reitor conta que o quadro atual de professores da UCB é enxuto. "No total, temos 632 profissionais para todos os cursos", diz. Hoje, a instituição abriga 50 cursos de graduação presenciais e na modalidade a distância (EAD), nove cursos de mestrado e seis de doutorado.

Para ele, havia uma programação de demissões, mas alguns professores foram pegos de surpresa. "Se tem alunos, tem sala de aula. Se não tem, não é possível ter professores", afirma. Dilnei Lorenzi garante que a UCB se preocupa com o processo de gestão. "A universidade figura entre as sete melhores no Índice de Pesquisa e Internacionalização;, exemplifica. Ele afirma que a situação da Católica não é ruim. "Do ponto de vista econômico e financeiro, a instituição vai bem. O processo de reestruturação foi pensado, mais uma vez, em decorrência da crise econômica do país", finaliza.

*Estagiária sob supervisão de Ana Sá.

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