O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recebeu representantes da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) para assegurar a retomada das discussões sobre a carreira dos professores universitários. O encontro ocorreu às 14h30 e contou com a presença do secretário de educação superior, Amaro Lins.
Os docentes associados ao Proifes não concordam com a greve nacional deflagrada em 17 de maio pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), já que as negociações com o governo não estavam paradas. Eles prometem, porém, votar um indicativo de greve em 15 de junho caso o ministério não marque uma nova reunião com grupo responsável pelas discussões do plano de carreira.
Durante a reunião, Mercadante garantiu que as discussões com o grupo serão retomadas na próxima semana, na terça ou na quarta-feira. A principal reivindicação é a equiparação salarial entre os docentes e servidores da carreira de ciência e tecnologia.
Outros pontos da pauta apresentados no encontro com o ministro são a continuidade, com qualidade, da expansão de universidades e institutos federais, e a retirada da nova forma de cálculo de insalubridade e periculosidade da MP 568/2012 - passaram a ter valores fixos e não mais calculadoas por um percentual do salário dos docentes. ;Nós entendemos que a insalubridade é uma parcela indenizatória muito importante para os professores que trabalham com pesquisa científica;, afirma o presidente do Proifes, Eduardo Rolim.
O ministro disse que o MEC concorda com a equiparação entre carreiras e que negociará junto ao Ministério do Planejamento. Ele destacou, porém, que acredita ser difícil o governo conseguir cumprir essa meta no prazo de um ano. Sobre o adicional de insalubridade e periculosidade, Mercadante disse estar de acordo com o que propõe o Proifes, mas é algo que depende de debate interno no governo e no Congresso Nacional.
Andes
[SAIBAMAIS]Pela manhã, o ministro se reuniu com representantes do Andes-SN e do comando nacional de greve dos professores federais. Foi o primeiro encontro com representantes do governo desde o início da paralisação, há 20 dias. Segundo o último levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), 51 instituições federais aderiram à greve nacional.
Durante o encontro, o ministro ressaltou que o prazo para o fim das negociações é 31 de julho e será preciso aguardar o desdobramento da crise financeira internacional para ter noção do impacto que ela terá na economia do país.