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Sem acordo, greve de professores federais continua

postado em 24/07/2012 17:45
O impasse entre governo federal e professores de universidades federais continua. Após reunião, a greve, que dura 68 dias, segue sem data para terminar. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, reconhece que não houve avanço nas negociações. ;Ainda estamos muito longe de um acordo;, admitiu.


Durante quase três horas, representantes da categoria demonstraram ao governo insatisfação com a apresentada no dia 13. Segundo a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a rejeição foi por unanimidade.


;Temos uma grande divergência com o governo enquanto concepção. O conjunto das entidades rejeitou por unanimidade e o governo avalia que tem avanço na sua proposta. O que eles oferecem desestrutura ainda mais nossa carreira;, disse Marinalva.


[SAIBAMAIS]A Andes apresentou ao governo documento com 13 itens que desqualifica a proposta de aumento salarial oferecida pelo governo. Segundo o texto, ;a proposta foi elaborada sem a definição de conceitos, de critérios e de índices necessários à reorganização e à afirmação de direitos; e ainda classificou como ;desestruturação da carreira docente e da malha salarial correspondente;.


Dados do Andes e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) apontam que a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.


Para o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, o governo tem trabalhado ;arduamente; para a resolução do problema. ;Estamos trabalhando arduamente para chegar a um acordo para que possamos retomar atividades, recuperar o tempo de greve e para que nossos alunos não sofram prejuízos ainda maiores que já tiveram;, disse.


Uma nova reunião foi agendada para as 10h do dia (24/7). Mendonça se reunirá ainda hoje com os ministros do Planejamento, Miriam Belchior, e da Educação, Aloizio Mercadante, para apresentar as reivindicação dos professores universitários federais.

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