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Ministro francês visitará América do Sul

Bernard Kouchner vai se encontrar com presidentes para discutir liberação de reféns das Farc

postado em 25/04/2008 17:59
PARIS - O ministro de Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, visitará a partir da próxima segunda-feira (28/04) a Colômbia, o Equador e a Venezuela para conversar sobre um "acordo humanitário" para libertar reféns em poder das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc), especialmente, a franco-colombiana Ingrid Betancourt. Kouchner se reunirá na segunda-feira em Bogotá com o presidente colombiano Alvaro Uribe; na terça-feira com o presidente equatoriano, Rafael Correa, em Quito, e no dia seguinte encerrará as negociações com o presidente venezuelano, Hugo Chávez. "O ministro, que se reuniu com os presidentes Chávez e Uribe em fevereiro, vai reavaliar a situação dos reféns com os três chefes de Estado e exigirá urgência para uma solução humanitária que leve à libertação dos sequestrados pelas Farc na Colômbia, entre eles Ingrid Betancourt", explicou o comunicado do ministério. Em entrevista a uma rádio local, Uribe confirmou seu encontro com o ministro francês, mas insistiu que Chávez não deve mediar a libertação dos reféns. "As únicas instâncias que temos hoje na Colômbia para negociar com as Farc são a Igreja Católica e os delegados europeus da França, Espanha e Suíça;, declarou o presidente. Na quinta-feira (24/04), o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu publicamente a Hugo Chávez que "continue comprometido" na busca por um acordo com as Farc para obter a libertação de Betancourt, capturada pela guerrilha há mais de seis anos. As Forças Revolucionárias da Colômbia propõem que o governo liberte 500 rebeldes em troca de um grupo de seqüestrados, incluindo Betancourt, três americanos, três políticos e dezenas de militares e policiais colombianos. A visita de Kouchner também servirá, segundo o ministério de Relações Exteriores francês, para tratar da cooperação, especialmente econômica, entre a França e esses três países, e das relações entre a América Latina e a União Européia, que a França presidirá a partir de julho.

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