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Presidente do Senegal pede fim da FAO

O presidente senegalês disse que a organização ligada à ONU só consome recursos e é ineficaz

postado em 05/05/2008 16:02
O presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que desative a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Para Wade, trata-se de um órgão que "consome muitos recursos" e é "ineficaz", pois falha nas tentativas de conter a crise global de alimentos. A organização sediada em Roma é comandada por Jacques Diouf, um senegalês. Wade disse que colaborou para a escolha de Diouf. "Apesar dos méritos de seu diretor-geral, é a instituição da FAO que está agindo errado", sustentou o presidente, em comunicado divulgado ontem (04/05). ;A atual crise alimentar é em grande parte culpa dela", disse Wade. Para ele, a FAO gasta muito em suas operações para funcionar, mas tem poucas operações efetivas nas áreas em que há problemas. "Eu já pedi faz tempo para que ela (FAO) seja transferida para a África, perto dos necessitados que ela finge cuidar, porque nada justifica sua presença no mundo desenvolvido", afirmou. Wade pediu, além do fim da organização, a transferência de sua operações para o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura, também da ONU. O custo mundial dos alimentos subiu 40% desde meados de 2007. A situação levou a protestos ou mesmo a confrontos em vários países, alguns deles africanos, como Burkina Faso, Somália e Camarões. Manifestantes realizaram um ato no Senegal para protestar contra o aumento do custo de vida. Wade respondeu firmando um acordo com a Índia, pelo qual assegura o recebimento de 600 mil toneladas de arroz por ano necessários para o país, para os próximos seis anos.

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