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Fritzl se encontra com promotora

O austríaco concordou em prestar novos depoimentos a Justiça

postado em 07/05/2008 17:12
O homem que prendeu a filha em um porão por 24 anos e teve sete filhos com ela se encontrou hoje (07/05), pela primeira vez, com uma promotora. Josef Fritzl concordou em responder a outras perguntas sobre o caso em novos encontros, informou um funcionário. Ainda hoje, o Ministério da Justiça austríaco apontou que as autoridades podem ter sido muito crédulas com Fritzl, quando ele afirmou que sua filha havia fugido de casa, há quase um quarto de século. Fritzl e a procuradora Christiane Burkheiser falaram por duas horas, mas não discutiram as acusações contra ele, segundo Gerhard Sedlacek, porta-voz da Promotoria de Saint Poelten O austríaco concordou em prestar novos depoimentos, informou Sedlacek. O funcionário apontou que Fritzl não será ouvido nas próximas duas semanas. As autoridades afirmam que Fritzl, de 73 anos, inicialmente confessou manter cativos em um porão a filha Elizabeth, hoje com 42 anos, e alguns dos sete filhos que tiveram. O local foi reforçado especialmente para esse fim. O caso veio à tona quando a filha mais velha de Elizabeth, de 19 anos, foi hospitalizada, em 19 de abril. Os médicos, incapazes de encontrar o prontuário da garota, lançaram um apelo na televisão para localizar a mãe dela. Fritzl então acompanhou Elizabeth ao hospital, no dia 26. A mulher contou a história à polícia e ele foi preso. ;Eu não sou um monstro; A ministra da Justiça, Maria Berger, disse ver um certo grau de "credulidade" nas autoridades locais quando Elisabeth desapareceu, em 1984. Em entrevista publicada hoje no jornal Der Standard, ela avaliou que deveriam ter desconfiado mais da versão de que a jovem fugira para se unir a uma seita. Segundo a promotora, Fritzl estava preocupado com a repercussão de seus atos. "Eu estou apenas sendo retratado como um monstro, e não como alguém que cometeu atos monstruosos", teria dito o austríaco. Na cidade de Amstetten, pouco mais de 100 quilômetros a oeste de Viena, especialistas continuavam pesquisando na residência de Fritzl em busca de evidências do caso.

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