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Sete mortos em conflitos no Líbano

Após declarações do líder do Hezbollah uma série de conflitos violentos tomou as ruas da capital Beirute

postado em 08/05/2008 16:09
BEIRUTE - Pelo menos sete pessoas morreram hoje em combates em Beirute entre seguidores do governo sunita e membros do movimento xiita Hezbollah, anunciaram à AFP fontes da segurança e hospitalares. Entre os mortos há pelo menos duas mulheres e pelo menos outras 13 pessoas feridas, informaram. Um funcionário do hospital Makassed da capital anunciou ter recebido 30 feridos, quatro deles em situação grave. Os confrontos entre partidários da oposição e da maioria governamental anti-síria começaram ontem em Beirute durante uma greve e se estenderam hoje a Bekaa (leste) e Trípoli (norte), depois que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fizesse uma "declaração de guerra" contra recentes decisões do governo sobre o grupo xiita. Os combates começaram nos bairros de Corniche Al Mazraa, Basta, Nuairi e Ras El Nabeh. Todos são bairros mistos, onde co-habitam sunitas, da maioria parlamentaria anti-síria, e xiitas, da oposição. Conflito Os conflitos no Líbano se intensificaram hoje quando o Hezbollah fechou o aeroporte de Beirute em protesto contra ações do governo libanês. A crise no país dura desde novembro de 2006, mas se intensificaram quando as autoridades libanesas decidiram investigar uma rede de telecomunicações que teria sido instalada pelo Hezbollah no país e destituíram o chefe da segurança do aeroporto de Beirute, por ser ligado ao movimento xiita. Hoje o líder do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que as ações do governo eram uma declaração de guerra. ONU pede calma O Conselho de Segurança da ONU pediu hoje apoio às instituições estatais do Líbano e conclamou à calma e à reabertura das estradas e do aeroporto de Beirute, depois da violência entre facções pró-governamentais e do movimento islamita Hezbollah. "Os membros do Conselho de Segurança estão profundamente preocupados com os confrontos e os problemas atuais no Líbano", declarou o embaixador da Grã-Bretanha, John Sawers, em nome do Conselho. "Assinalam também a necessidade de manter a segurança e a soberania do Líbano, e expressam seu respaldo às instituições constitucionais do país", acrescentou. Os membros apontam que a melhor maneira de encerrar as tensões e evitar maior instabilidade é resolver a atual crise política. O Conselho pediu a todas as partes o "diálogo pacífico" e que "trabalhem juntos para eleger um novo presidente de acordo com o plano da Liga Árabe". ;Também recordaram que a estabilidade a longo prazo do Líbano depende da completa execução da resolução 1559 do Conselho de Segurança e todas as outras resoluções relevantes sobre o Líbano", acrescentou.

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