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Falta de informação eleva o risco de câncer

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postado em 31/08/2008 08:32
Assim que este domingo terminar, cerca de 29.860 pessoas em todo o planeta terão recebido o diagnóstico de câncer. Até o final do ano, a doença atingirá 231.860 homens e 234.870 mulheres no Brasil. Parte dos novos casos vai ser uma conseqüência da falta de informações da população sobre a prevenção dos tumores. Uma pesquisa encomendada pela União Internacional contra o Câncer (UICC, sediada na Suíça) e feita pelos institutos Gallup e Roy Morgan Research revelou que muitas pessoas ainda alimentam crenças erradas sobre a causa do mal, tendem a exagerar a ameaça de fatores ambientais e minimizam padrões de comportamento que são potenciais desencadeadores da reprodução desordenada das células (veja quadro acima). As conclusões do estudo, que contemplou 29.925 pessoas de 29 países, podem criar um novo paradigma no conceito da doença com a opinião pública e reduzir a incidência mundial. De acordo com o australiano David Hill, presidente eleito da UICC e professor da Universidade de Melbourne, o relatório ;preliminar; traz uma única interpretação. ;Precisamos investir mais dinheiro na educação de prevenção e em monitoramento nas regiões onde há falsas crenças sobre o câncer;, disse à reportagem. ;Apesar de os dados ainda estarem em processamento, cada país deverá usá-los para costurar programas de educação, a fim de assegurar que sua população seja mais bem informada;, acrescentou. Uma das conclusões da pesquisa é de que os moradores de países desenvolvidos são os que menos crêem na influência do consumo de álcool sobre o surgimento de tumores ; 42% afirmaram que a bebida não aumenta o risco da doença. Nas nações em desenvolvimento e subdesenvolvidas, 26% e 15% das pessoas, respectivamente, são céticas sobre a associação álcool-câncer. Nos países ricos, o estresse (57%) e a poluição do ar (78%) são percebidos como fatores de risco mais sérios que o próprio álcool (51%). Além disso, a população de países menos favorecidos têm idéias mais pessimistas com relação ao tratamento do câncer ; 48% dos entrevistados alegaram que ;pouco pode ser feito; para curar a doença, comparado a 39% em nações de renda média e 17% em Estados ricos. Os cientistas receberam essas estimativas com preocupação, por entenderem que essa percepção pode impedir as pessoas de realizarem testes de detecção do câncer que poderiam salvar vidas. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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