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Pentágono proíbe formalmente tortura em interrogatórios

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postado em 15/10/2008 19:49
Washington - O Pentágono reviu sua decisão sobre interrogatórios de prisioneiros militares, passando a proibir o uso de técnicas derivadas de métodos de tortura, informaram funcionários da instituição nesta quarta-feira. "A utilização de técnicas do programa SERE contra uma pessoa detida está proibida", diz uma norma do dia 9 de outubro relativa aos interrogatórios. O programa SERE foi desenvolvido pelo Exército americano após a guerra da Coréia (1950-1953) para treinar militares - principalmente pilotos - que caíssem em mãos inimigas para sobreviver. Eles aprendiam a resistir à tortura, submetendo-se às mesmas técnicas usadas contra os prisioneros detidos pelo Exército americano durante a guerra. Os castigos incluem mergulhar a cabeça do prisioneiro na água, atingi-lo no rosto e no ventre e deixá-lo nu, além de submetê-lo a privação do sono, posições incômodas e isolamento. O programa SERE também passou a incluir torturas sexuais depois da guerra do Golfo. Um membro do ministério da Defesa americano, que pediu para não ser identificado, disse que estas práticas não eram autorizadas desde a versão 2006 da norma do Pentágono sobre interrogatórios. A proibição formal de técnicas inspiradas no programa SERE foi acrescentada à norma do dia 9 de outubro "para que fique bem claro que não são autorizadas", afirmou.

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