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Sete décadas de conflito separatista

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postado em 18/11/2008 07:00
A questão basca e a campanha armada do ETA

1937
No curso da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), o general Francisco Franco, que se tornaria ditador até a morte, em 1975, ocupa o território basco na Espanha e suprime as medidas de autonomia que haviam sido implantadas sob a República.

1959
Partidários da independência fundam a organização separatista Pátria Basca e Liberdade, conhecida pela sigla ETA (no idioma basco, Euzkadi Ta Askatasuna).

1961
Na primeira ação armada, o ETA tenta decarrilar um trem que transportava políticos espanhóis

1968
Meliton Manzanas, chefe da polícia política espanhola na capital basca, San Sebastián, torna-se a primeira vítima dos separatistas

1973
Bomba mata o primeiro-ministro espanhol, o almirante Luis Carrero Blanco, no atentado de maior impacto na história do ETA.

1978
Dois anos depois da morte de Franco, e com a Espanha em processo de democratização, é fundado o partido Herri Batasuna, braço político do movimento separatista.

1987
Atentado à bomba mata 21 pessoas em um supermercado de Barcelona. O ETA, cuja prática era avisar com antecedência sobre seus alvos, se desculpa pelo ;engano;.

1995
Fracassa tentativa de assassinato do então líder da oposição de direita, José María Aznar, do Partido Popular (PP), que se tornaria chefe de governo no ano seguinte.

1998
O ETA anuncia, em setembro, seu primeiro ;cessar-fogo permanente;.

1999
Em novembro, a trégua é encerrada e os separatistas responsabilizam o governo Aznar.

2001
A União Européia inclui o ETA em sua lista de organizações terroristas.

2003
A Suprema Corte espanhola declara a ilegalidade do Herri Batasuna, por seus vínculos com o ETA.

2006
O ETA anuncia em março mais um ;cessar-fogo permanente; e anuncia a disposição de negociar com o novo premiê, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero.

Janeiro de 2007
Em reação a um atentado à bomba contra o aeroporto de Madri, no mês anterior, o governo declara o processo de paz ;liquidado;. O ETA admite a autoria da ação, mas reafirma a intenção de negociar.

Junho de 2007
Depois de novas escaramuças com a polícia, os separatistas revogam oficialmente a trégua.

Maio de 2008
Coroando uma sucessão de prisões de importantes etarras, a polícia francesa anuncia a captura do líder político da organização, Javier López Pena. Nos meses seguintes, os separatistas reagem com uma série de atentados à bomba de pequeno porte.

Segunda-feira, 17/11
Depois de sofrer novas baixas e cometer mais atentados, o ETA perde seu chefe militar, Garikoitz Aspiazu Rubina, o Txeroki, capturado no sul da França.

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