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Enviado da ONU denuncia genocídio na Somália

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postado em 22/12/2008 14:23
O enviado especial da ONU à Somália, Ahmedu Uld Abdallah, denunciou nesta segunda-feira a existência, no país, "de um genocídio sem que seja feita menção direta a essa palavra, com gerações inteiras sacrificadas" numa guerra "de quase 20 anos que destrói a nação". Uld Abdallah conversou com a AFP paralelamente a uma reunião do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA) sobre a situação na Somália, na República Democrática do Congo (RDC) e Mauritânia, realizada na sede da UA em Adis Abeba. O enviado da ONU considera urgente que o exército da Etiópia se retire da Somália, onde interveio oficialmente no final de 2006 em apoio ao governo de transição somali. As tropas etíopes anunciaram a retirada definitiva de solo somali até o começo de 2009. Na Somália ficará, assim, uma força de paz da UA (AMISOM), mal equipada e com apenas 3.400 homens para enfrentar os rebeldes islamitas, que se reforçaram nos últimos meses e que atualmente controlam grande parte do país. A Somália vive uma guerra civil desde 1991. A ONU organizou duas missões humanitárias a esse país do Chifre da África, de 1992 a 1995, mas terminaram em fracasso.

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