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Oposição ucraniana bloqueia portas do Parlamento

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postado em 02/04/2009 17:30
Partidos de oposição ucranianos bloquearam as portas do Parlamento com cadeiras e ocuparam a tribuna hoje, retardando a votação de medidas contra a crise econômica necessárias para a aquisição de um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). A ação aprofundou as turbulências políticas antes da realização das eleições presidenciais, marcadas para outubro, e azedaram as expectativas de uma recuperação rápida da crise financeira internacional O opositor Partido das Regiões não permitiu o início da sessão do Parlamento porque afirma que o governo não tem um programa abrangente para lidar com a crise. Já a primeira-ministra, Yulia Tymoshenko, disse que o governo tem um plano e acusa a oposição de sabotá-la como "piratas somalis". A ocupação da tribuna do Parlamento, as gritarias e até mesmo as lutas corporais não são incomuns na política da Ucrânia. Os aliados de Tymoshenko no Parlamento rejeitaram os protestos como um esforço do Partido das Regiões de fazer publicidade antes da eleição, marcada para 25 de outubro. A Ucrânia precisa aprovar uma série de leis para reduzir o déficit orçamentário para cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), a fim de que recebam uma segunda parcela de US$ 16,4 bilhões de um empréstimo do FMI. Mas a rivalidade entre o presidente Viktor Yushchenko e Tymoshenko e entre outras forças políticas tem atrapalhado esses esforços. Algumas dessas leis foram aprovadas no início da semana, como a elevação dos impostos sobre álcool, tabaco e combustíveis. Porém, eles ainda precisam aprovar as medidas para cortar os gastos do governo com aposentadorias e diminuir os subsídios estatais no setor de energia Ajuda financeira A Ucrânia precisa de ajuda financeira. Segundo o FMI, a economia do país deve sofrer retração de pelo menos 6% neste ano. Yushchenko estima que a economia vá cair até 30% nos primeiros meses do ano, principalmente em razão da diminuição da demanda global por aço, a principal commodity de exportação do país, e dos problemas no setor bancário, que reduziram os empréstimos para novos negócios.

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