Agência France-Presse
postado em 11/11/2009 12:42
BRUXELAS - Os dirigentes europeus decidiram esperar até 19 de novembro para encerrar a eleição do futuro presidente estável e do chefe da diplomacia da UE com o objetivo de ganhar algum tempo para chegar a um consenso, uma tarefa que se mostrou mais complicada que o previsto.
"Depois de consultar com o conjunto de chefes de Estado e de Governo, o primeiro-ministro sueco (presidente de turno da UE), Fredrik Reinfeldt, decidiu convocar uma cúpula extraordinária em 19 de novembro", anunciou o grupo em um breve comunicado.
Depois de vários dias de consultas, os 27 constataram que continuavam sem conseguir um consenso e decidiram adiar o anúncio oficial para o dia 19, explicou Roberta Alenius, porta-voz de Reinfeldt.
A criação do posto de presidente fixo da UE e de um 'superministro' das Relações Exteriores consta do Tratado de Lisboa, que entrará em vigor em dezembro visando a reforçar o peso da Europa no mundo e sua eficiência interna. Para o cargo de presidente, com um mandato de dois anos e meio renovável, Londres continua aferrado a seu candidato, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, apesar da candidatura deste ter sido questionada publicamente e em particular pela maioria dos sócios europeus.
Os outros nomes aventados para a presidência da UE são o do holandês Jan Peter Balkenende, o luxemburguês Jean-Claude Juncker ou a letã Vaira Vike-Freiberga.
A incerteza também marca a escolha do futuro chefe da diplomacia, e muitos consideram o ministro britânico das Relações Exteriores, David Miliband, um nome idôneo, mas este nega ser candidato. Uma alternativa seria o ex-chefe de governo italiano, Massimo d'Alema, mas seu passado comunista incomoda os países do Leste.