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Talibãs negam que tenham se reunido com emissário da ONU

Agência France-Presse
postado em 30/01/2010 10:50
Os talibãs negaram neste sábado (30/01) que líderes do grupo que luta para derrubar o governo afegão tenham se reunido com representantes da ONU para discutir um acordo de paz no Afeganistão. [SAIBAMAIS]"O conselho do Emirado islâmico do Afeganistão nega com firmeza os rumores propagados por alguns meios internacionais relativos a uma reunião de Kai Eide e representantes seus" , afirma um comunicado dos talibãs. Na quinta-feira, em Londres, à margem da conferência internacional sobre o Afeganistão, um representante da ONU afirmou que o chefe da missão da ONU no Afeganistão, Kai Eide, teria se reunido em janeiro com membros ativos dos talibãs em Dubai. "Os talibãs apresentaram uma oferta a ele, informou a fonte que preferiu não ter o nome revelado, à margem da conferência de Londres sobre o Afeganistão. "A informação foi transmitida ao governo afegão e a ONU espera que Cabul aproveite essa oportunidade", prosseguiu. O funcionário não pôde dizer os nomes dos que participaram do encontro, mas precisou que foi realizado a pedido dos rebeldes. Na conferência de quinta, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, conquistou o respaldo político e econômico da comunidade internacional a seu plano de reconciliação com os talibãs moderados - uma proposta que marcará "uma nova fase" em direção à "plena soberania" do país centro-asiático. Os 70 países e organizações participantes acolheram com agrado o plano de Karzai de "oferecer um lugar honrável na sociedade a quem estiver disposto a renunciar à violência", segundo a declaração final, e prometeram mais de 140 milhões de dólares para financiar o primeiro ano. Para apoiar seu plano, que busca reinserir os talibãs moderados que abandonarem suas armas, Karzai anunciou aos participantes reunidos na Lancaster House a criação de um "conselho nacional pela paz, reconciliação e reintegração". Os participantes se comprometeram a criar um Fundo de Paz e Reintegração para financiar este plano, cujo custo está estimado em 500 milhões de dólares. A comunidade internacional espera que este plano de reconciliação contribua para estabilizar o país, o que organizaria o caminho para uma retirada das forças estrangeiras mais de oito anos depois do início da intervenção.

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