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Venezuela garante que instituições financeiras do país são sólidas

postado em 18/06/2010 13:31
Brasília ; Alvo de críticas externas e internas por ter decretado intervenção federal no oitavo maior banco do país, o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta sexta-feira (18/6) que a população deve manter a confiança e a tranquilidade nas instituições financeiras do país. O ministro de Bancos Públicos e presidente do Banco de Venezuela [o equivalente ao Banco Central no Brasil], Humberto Ortega Díaz, pediu a compreensão da população.

Segundo Díaz, os venezuelanos não devem se deixar levar por ;rumores gerados pela intervenção; no Banco Federal ; em que um dos diretores é coproprietário da Globovisión, rede de televisão que faz oposição ao governo Chávez. ;Eles [os venezuelanos] não deveriam acreditar nos rumores porque os nossos bancos estão sólidos;, afirmou.

O ministro disse ainda que todos os venezuelanos foram convidados a ter confiança nas suas instituições e no setor bancário. "Nenhum eco de rumores vai desestabilizar os cidadãos em relação à confiança nos bancos públicos e privados. Não há motivo para medo. Seja confiante, isso porque há autoridades de supervisão encarregadas de dar o sinal para aqueles que querem desviar;.

Díaz afirmou que a partir da próxima sexta-feira (25), os 273 mil correntistas do Banco Federal que têm até 30 mil bolívares em conta corrente terão acesso ao dinheiro depositado na instituição. A prioridade será dada aos correntistas com mais de 62 anos. Em seguida, virão os demais clientes.

Segundo o ministro, os recursos do Fundo de Garantia de Depósitos e Proteção Bancária (Fogade) garantirão os repasses, se necessário. De acordo com ele, neste fim de semana serão publicadas informações sobre os próximos passos para os clientes do banco receberem o pagamento.

O governo Chávez justificou a intervenção, na última segunda-feira (14/6), no Banco Federal porque a instituição estaria sem liquidez. As autoridades venezuelanas rebateram as suspeitas de que motivações políticas, em decorrência do fato de um dos diretores também ser ligado à televisão que faz oposição ao governo, geraram a ação federal.

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