Agência France-Presse
postado em 12/08/2010 08:02
Novas chuvas complicaram ainda mais nesta quinta-feira (12/8) as tarefas de resgate na província de Gansu, noroeste da China, após deslizamentos de terra, ao mesmo tempo que é cada vez mais difícil identificar os corpos."A chuva complica as tarefas de resgate e dificulta a distribuição de água potável, o que nos preocupa", afirmou uma fonte do corpo de bombeiros.
Soldados e moradores informaram à AFP que uma forte chuva afetou a região por quatro horas durante a madrugada desta quinta-feira e alagou partes importantes da cidade de Zhouqu.
A estrada mais curta entre Zhouqu e a capital da província, Lanzhou, estava bloqueada.
Os gigantescos deslizamentos de terra deixaram 1.117 mortos e 627 desaparecidos, anunciou na quarta-feira o Departamento de Assuntos Civis da província de Gansu.
Além disso, a complexa tarefa de identificar os mortos também está cada vez mais difícil.
Com o estado de decomposição de alguns corpos, resta apenas a possibilidade de identificá-los pela roupa ou alguma marca de nascença", disse à AFP San Fenlong, que só conseguiu reconhecer o sobrinho de 15 anos pelas roupas.
As autoridades informaram que os corpos serão conservados no necrotério por até dois dias após a retirada das montanhas de lama. Caso não aconteça o reconhecimento, o corpo será sepultado em uma fossa comum para evitar focos de doenças.
Outro problema é que os caixões estão começando a acabar em Zhouqu.
"Não há ninguém para construir caixões porque estão todos envolvidos nas tarefas de resgate", explica o carpinteiro Yang Runqing.