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Velório de Kirchner termina em Buenos Aires

Agência France-Presse
postado em 29/10/2010 14:38

BUENOS AIRES - O velório do ex-presidente argentino Néstor Kirchner terminou nesta sexta-feira (29/10) ao meio-dia na Casa Rosada, em Buenos Aires, um evento que se transformou em um fórum popular com pessoas que marchavam gritando slogans políticos ou fazendo discursos inflamados.

Após o fechamento da área do velório, estava previsto que o cortejo fúnebre de Kirchner percorresse as ruas de Buenos Aires até o aeroporto. Lá, o caixão iniciará sua viagem até Río Gallegos, capital da província de Santa Cruz, onde será enterrado.

As cenas de apoio à presidente Cristina Kirchner, sua viúva, sucederam-se nesta sexta-feira na Casa Rosada.

"Obrigada Néstor, nem um passo atrás", "Força Cristina", repetia o público nas honras ao líder peronista morto na quarta-feira, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Os jovens foram maioria entre as milhares de pessoas que marcharam desde a manhã de quinta-feira para se despedir de Kirchner , formando filas de até dois quilômetros.[SAIBAMAIS]

A presidente voltou na manhã desta sexta-feira ao velório público de seu marido no Salão dos Patriotas Latino-Americanos, na Casa Rosada, sede do governo, enquanto começava a chover em Buenos Aires.

Um aplauso recebeu a presidente, que chegou acompanhada de seus filhos, Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 19, e ao entrar na sala vestida de preto e com óculos escuros, antes se der ordenada uma extensão da cerimônia até o meio-dia.

Em frente ao caixão, alguns cantavam slogans políticos, outros recitavam poesias ou faziam discursos, vestidos com as cores azul e branca, deixando flores e cartas para o ex-presidente.

"Kirchner presente, Kirchner presente! Agora e sempre, agora e sempre", gritou um grupo de militantes que passou em frente ao caixão fazendo o sinal da vitória "V" com os dedos, tradicional do peronismo.

Um homem com uma pequena bandeira da Argentina nas mãos começou a entoar as estrofes do Hino Nacional.


Um grupo de trabalhadores de uma construção passou com os capacetes para o alto e a presidente se aproximou do cordão de segurança para abraçá-los, depositando sobre o caixão um dos capacetes amarelos.

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