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Ministros da Cultura do Mercosul discutem mecanismos para aumentar intercâm

postado em 20/11/2010 16:40

Rio de Janeiro - A criação de mecanismos que venham a facilitar a circulação da produção cultural entre os países que integram o Mercosul foi o principal tema discutido na 31; Reunião de Ministros da Cultura do Mercosul, hoje (20), no Hotel Intercontinental, em São Conrado, zona sul da cidade. O encontro, aberto pelo ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, debateu, entre outras iniciativas, a criação do Fundo Mercosul Cultural, a ser formado por contribuições dos países membros, com o objetivo de estimular ações e projetos comuns em diversas áreas da cultura.

Para o ministro Juca Ferreira, é preciso criar um mercado comum cultural no âmbito do Mercosul. ;Eu acho que estamos atrasados em relação a criar um mercado comum audiovisual, não só cinematográfico como de televisão. A Argentina está vivendo há décadas um boom cinematográfico, mas os filmes argentinos só chegam ao nosso mercado de vez em quando, trazidos por distribuidoras americanas;. Embora citando o cinema como exemplo, o ministro disse que isso se aplica a outras manifestações culturais.

Outro ponto discutido na reunião foi a criação da Secretaria Técnica do Mercosul Cultural, que ficará encarregada de promover reuniões temáticas sobre estratégias comuns em áreas como diversidade cultural, patrimônio, indústria cultural, sistemas de informação e audiovisual. Nesse processo de intercâmbio, o ministro Juca Ferreira considera que ;a pujança do Brasil em relação a seus vizinhos não deve se constituir numa relação de desigualdade. O intercâmbio cultural talvez seja a instância mais importante do Mercosul, porque vai criar o sentimento de pertencermos a uma mesma região;, disse.

As ações de integração cultural, não só com o Mercosul mas também com outros blocos e países, são fundamentais, na visão do ministro Juca Ferreira. ;O Brasil é um país muito ensimesmado, mas estamos caminhando para ser a quinta economia do mundo e um país com relevância mundial e regional e precisa compreender que seu destino depende dessas relações internacionais;. Para o ministro, nem mesmo a precariedade de recursos com que lida a área justifica o que chama de ;provincianismo cultural;.

Além de Ferreira, participaram do encontro os ministros da Cultura do Uruguai, Ricardo Ehrlich, do Paraguai, Ticio Escobar, do Peru, Juan Ossio e a diretora nacional de Política Cultural e Cooperação Internacional da Argentina, Monica Guariglio.

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