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Tráfico de órgãos no Kosovo: "doutor Frankenstein" declara inocência

Agência France-Presse
postado em 14/01/2011 11:24
Belgrado - O médico turco Yusuf Ercin S;nmez, suspeito de envolvimento com tráfico de órgãos no Kosovo, declarou inocência, afirmando ter "todas as autorizações requeridas" para trabalhar em Pristina, em entrevista nesta sexta-feira (14/1) ao jornal sérvio Vecernje Novosti.

"Nunca participei de nenhum tráfico de órgãos humanos (...) durante a minha estada no Kosovo e nem durante a minha participação na clínica Medicus em Pristina", declarou S;nmez, em entrevista por telefone com o jornal.

S;nmez, apelidado pela imprensa kosovar de "doutor Frankenstein turco", aparece envolvido no caso da clínica Medicus, onde teriam sido praticados transplantes de órgãos, o que é proibido pela lei kosovar.

O médico, que esteve foragido durante anos, foi detido na noite de terça-feira em Istambul e foi posto em liberdade na quarta-feira, após ser interrogado. No entanto, pode ser processado, segundo fontes judiciais turcas.

A missão da polícia e da Justiça da UE (EULEX) em Pristina deve se pronunciar em breve sobre o eventual envolvimento por tráfico de órgãos de sete pessoas, entre elas S;nmez e um cidadão israelense.

Um relatório do suíço Dick Marty, membro da Assembleia do Conselho da Europa, implicou o premier kosovar em fim de mandato Hashim Thaçi em um suposto caso de tráfico de drogas realizado em prisões sérvios em território albanês, durante e após o conflito no Kosovo.

No relatório, Marty diz que o caso da clínica Medicus está "estreitamente vinculado" ao do tráfico de órgãos sobre prisioneiros sérvios, pois se refere "em parte aos mesmos atores, tanto kosovares quanto estrangeiros".

S;nmez também desmentiu qualquer participação no caso evocado por Dick Marty.

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