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Família de colonos israelenses é assassinada na Cisjordânia

Agência France-Presse
postado em 12/03/2011 08:32
Nablus - Uma família de colonos israelenses foi assassinada na madrugada deste sábado (12/3) na Cisjordânia durante um ataque palestino, segundo dirigentes israelenses que pediram à Autoridade Palestina a prisão dos culpados.

"O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu exige que a Autoridade Palestina e sua direção ajude Israel a encontrar e punir os assassinos", informou o gabinete do premier israelense em um comunicado. "Israel, por sua vez, agirá vigorosamente para defender a população israelense e castigar os assassinos", acrescentou Netanyahu que ordenou ao exército e serviços de segurança que "agissem em todas as direções para capturar os terroristas".

Já o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, denunciou o ataque à colônia de Itamar, perto de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada. "Condeno o que aconteceu em Itamar ontem à noite, da mesma forma como condeno os crimes contra palestinos. Nós rejeitamos categoricamente a violência", declarou durante uma visita à Belém, Cisjordânia.

As vítimas pertenciam a uma família composta por pai, mãe e três crianças, uma de 11 anos, outra de 3 anos e um bebê de três meses. Foram esfaqueados em casa, na cama, segundo a imprensa israelense.

Outras duas crianças, de quatro e dois anos, que estavam na casa escaparam da chacina. Outra filha do casal assassinado, uma menina de dez anos, descobriu a tragédia quando voltou tarde para casa naquela noite, avisando aos vizinhos em seguida, segundo a imprensa.

No local, o exército israelense montou barreiras nas estradas da região de Nablus e se posicionou em grande número na cidade palestina de Awarta, perto da colônia de Itamar, antes de partir à tarde.

Os soldados revistaram casas e interrogaram vários moradores, informaram os serviços de segurança palestinos.

O ataque não foi reivindicado. As Brigadas Al-Qods, braço armado do Jidah islâmico em Gaza, declararam em um comunicado que "esta operação é normal já que exprime o direito de resistência contra a ocupação (israelense) e seus crimes", sem, no entanto, se responsabilizar pelo ato.

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