Agência France-Presse
postado em 29/04/2011 13:28
Nicósia - Pelo menos 16 pessoas morreram nesta sexta-feira, vítimas de tiros disparados pelas forças de segurança sírias, em Deraa, berço da revolta no sul do país, segundo números transmitidos à AFP por militantes dos direitos humanos. Em Homs, teria havido nove mortos, todos baleados.Há uma semana, na sexta-feira, 22 de abril, foram registrados mais de 80 mortos em Deraa.
Segundo um porta-voz militar, citado pela agência oficial de notícias SANA, quatro soldados sírios teriam morrido e dois foram capturados nesta sexta-feira num ataque a um posto militar também em Deraa, por parte de um "grupo terrorista armado".
Quase um mês e meio depois do início de um movimento sm precedentes contra o regime do presidente Bashar al-Assad, os "jovens da revolução síria" fizeram um apelo na quinta-feira, no Facebook, a uma "Sexta-Feira da Ira" em solidariedade às vítimas, em Deraa.
Em resposta ao chamado, 2.000 pessoas se concentraram em Midan, um bairro de Damasco, confirmaram militantes à AFP. Em Saqba, perto da capital, uma testemunha informou que milhares de moradores saíram às ruas, para pedir a queda do regime.
Na cidade industrial de Homs (centro), milhares de pessoas gritavam "abaixo o governo", segundo vídeos filmados por militantes e divulgados pela primeira vez ao vivo na internet. Nove pessoas teriam morrido.
Em Banias (noroeste), 10.000 pessoas foram às ruas, e em Deir Ez Zor, a 460 km a nordeste de Damasco, duas manifestações foram reprimidas "com violência".
Hpa em Ar Raqqa, a 540 km a nordeste da capital, entre 300 e 400 pessoas gritaram "Deus todo o poderoso, fazei que se levante o cerco a Deraa", segundo Abdullah al Jalil, membro de uma associação de defesa dos direitos humanos.