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Presidente eleito diz que perdoaria Fujimori por "razões humanitárias"

Agência France-Presse
postado em 12/06/2011 17:11
O presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, afirmou que perdoaria por "razões humanitárias" Alberto Fujimori no caso de um agravamento da saúde do ex-presidente, durante uma entrevista ao jornal El Comercio divulgada neste domingo (12/6).

"Sim, ele teria o perdão por razões humanitárias. Ninguém tem que morrer na prisão, a não ser quem cumpre pena por prisão perpétua por abusar de menores", disse Humala da aliança esquerdista.

Estas declarações foram feitas poucos dias depois que Humala derrotou por uma pequena vantagem na eleição presidencial a Keiko Fujimori, candidata de esquerda filha do ex-presidente de 73 anos preso por crimes de corrupção e violação dos direitos humanos.

O ex-presidente Fujimori está internado desde quinta-feira no Hospital do Câncer de Lima onde foi transferido da base policial onde está recluso, após sofrer uma hemorragia bucal em uma área afetada por uma displasia.

O médico de Fujimori, Alejandro Aguinaga, afirmou no sábado que o paciente está sendo submetido a exames para determinar as causas de uma importante perda de peso.

A perda de peso de Fujimori - já foram 16 quilos desde que chegou extraditado do Chile em 2007 - provocou uma série de rumores sobre a possibilidade de um indulto por razões humanitárias.

Aguinaga descartou na sexta-feira que Fujimori esteja sofrendo de um mal irreversível: "o câncer não está em fase terminal", disse à AFP.

O governo de Alan García, que finaliza o mandato no dia 28 de julho, afirmou que a questão do perdão não está na agenda, mas o presidente afirmou que na sexta-feira que vai esperar os relatórios médicos para avaliar o tema.

Fujimori, foi condenado em 2009 a 25 anos de prisão por corrupção e violações dos direitos humanos durante o mandato de 1990 até 2000.

Humala havia mencionado durante a campanha do primeiro turno a possibilidade do perdão a Alberto Fujimori por motivos de saúde.

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