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Militares continuam à procura do jornalista francês na Colômbia

Agência France-Presse
postado em 30/04/2012 12:32
Bogotá - As Forças Armadas da Colômbia continuam procurando o jornalista francês Romeo Langlois, desaparecido nas selvas do sul do país desde 28 de abril e que pode estar em poder da guerrilha das Farc, mas sem tentar um resgate. O comandante da Força Aérea colombiana, Tito Saúl Pinilla, explicou que não há operação pontual alguma para o resgate do jornalista, indicando que são operações de busca do grupo terrortista que podem ajudar a mostrar alguma localidade.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, afirmou que o correspondente da France 24 parece ter sido sequestrado, mas Paris tem ainda uma certeza absoluta. Romain Nadal, porta-voz adjunto da chancelaria francesa, responsabilizou as Farc pela situação de Langlois. Langlois, 35 anos, correspondente do canal France 24, acompanhava um comboio militar que foi atacado pelas Farc no sábado passado (28/4) em uma área de selva do departamento de Caquetá (600 km ao sul de Bogotá).

Em meio aos combates que mataram quatro militares e deixaram oito feridos, Langlois foi atingido no braço esquerdo e desapareceu. Especializado em conflito armado da Colômbia, Langlois é correspondente no país há uma década. O grupo Audiovisual Exterior da França (AEF), a que pertence o canal France 24, afirmou no domingo estar "preocupado" com o paradeiro do jornalista, apesar de "confiar" nele e em sua experiência.
[SAIBAMAIS]
A patrulha com que Langlois viajava foi atacada no lugar conhecido como União Peneya, na zona rural do município de Montanhita, depois de os militares destruírem cinco laboratórios para processamento de cocaína com capacidade para produzir duas toneladas semanais do alcaloide e 400 quilos de pasta base de coca, segundo o ministério da Defesa.

No começo de abril, as Farc libertaram 10 policiais e militares que mantinham sequestrados há mais de 12 anos e que eram seus últimos reféns militares. A guerrilha tinha emitido um comunicado em março anunciando a renúncia ao sequestro de civis com fins extorsivos. O ataque mais violento das Farc este ano aconteceu em março, quando onze militares morreram em Arauquita, próximo à fronteira com a Venezuela.

As Farc, principal guerrilha esquerdista da Colômbia com mais de 45 anos de existência, conta com cerca de 9.200 combatentes, segundo o Ministério da Defesa.

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