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Pentágono publica trechos censurados de audiência sobre 11 de setembro

Agência France-Presse
postado em 10/05/2012 18:48
Washington - O Péntagono publicou declarações da audiência sobre o atentado de 11 de setembro de 2001 que foram censuradas em Guantánamo, no sábado passado, por revelar tortura sofrida pelos acusados. O Pentágono afirma que foram censuradas de maneira acidental.

Durante a audiência em Guantánamo, o capitão Michael Schwartz, advogado de um dos cinco acusados dos atentados de 11 de setembro, explicava ao juiz porque seu cliente Wallid Ben Attach se recusou a por o fone da tradução para o árabe nos debates.

"Isso se deve à tortura que meu cliente foi submetido por esses homens e mulheres, os ;duros; da CIA", declarou o advogado durante essa parte da audiência censurada, segundo a transcrição disponível nesta quinta-feira no site dos tribunais militares.

O capitão Schwartz se referia às declarações de um ex-chefe da CIA, Jose Rodriguez, que recentemente justificou as "técnicas de interrogatórios reforçadas" nas prisões secretas da Agência, autorizadas pelo governo do então presidente George W. Bush.

O ex-chefe tinha mencionado à rece CBS os agentes "duros" aos quais o governo americano recorreu para conseguir que os detidos, acusados de combatentes inimigos", falassem.

Os jornalistas, como as famílias das vítimas, que presenciavam a audiência atrás de um vidro espelhado, não puderam ouvir esta declaração de Schwartz porque foi censurada. Em Guantánamo, como em quatro bases militares americanas onde os debates eram retransmitidos, as palavras saíam da sala do tribunal 40 segundos depois das imagens.

Este lapso permite à censura militar ativar um interruptor, o "kill switch", para interferir nas declarações quando seu conteúdo se torna sensível. "O procurador-chefe, testemunha desta declaração, ordenou que o trecho interrompido de maneira acidental fosse restabelecido o quanto antes", declarou Todd Breasseale, porta-voz do Pentágono.

"Depois de um controle aprofundado, o escritório dos tribunais militares executou" a ordem, com a publicação dos debates completos.Pentágono publica trechos censurados de audiência sobre 11/9
Washington - O Péntagono publicou declarações da audiência sobre o atentado de 11 de setembro de 2001 que foram censuradas em Guantánamo, no sábado passado, por revelar tortura sofrida pelos acusados. O Pentágono afirma que foram censuradas de maneira acidental.

Durante a audiência em Guantánamo, o capitão Michael Schwartz, advogado de um dos cinco acusados dos atentados de 11 de setembro, explicava ao juiz porque seu cliente Wallid Ben Attach se recusou a por o fone da tradução para o árabe nos debates.

"Isso se deve à tortura que meu cliente foi submetido por esses homens e mulheres, os ;duros; da CIA", declarou o advogado durante essa parte da audiência censurada, segundo a transcrição disponível nesta quinta-feira no site dos tribunais militares.

O capitão Schwartz se referia às declarações de um ex-chefe da CIA, Jose Rodriguez, que recentemente justificou as "técnicas de interrogatórios reforçadas" nas prisões secretas da Agência, autorizadas pelo governo do então presidente George W. Bush.

O ex-chefe tinha mencionado à rece CBS os agentes "duros" aos quais o governo americano recorreu para conseguir que os detidos, acusados de combatentes inimigos", falassem.

Os jornalistas, como as famílias das vítimas, que presenciavam a audiência atrás de um vidro espelhado, não puderam ouvir esta declaração de Schwartz porque foi censurada. Em Guantánamo, como em quatro bases militares americanas onde os debates eram retransmitidos, as palavras saíam da sala do tribunal 40 segundos depois das imagens.

Este lapso permite à censura militar ativar um interruptor, o "kill switch", para interferir nas declarações quando seu conteúdo se torna sensível. "O procurador-chefe, testemunha desta declaração, ordenou que o trecho interrompido de maneira acidental fosse restabelecido o quanto antes", declarou Todd Breasseale, porta-voz do Pentágono.

"Depois de um controle aprofundado, o escritório dos tribunais militares executou" a ordem, com a publicação dos debates completos.

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