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População urbana da América Latina chegará a 89% em 2050, diz estudo da ONU

postado em 21/08/2012 12:46
Um estudo inédito produzido pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) indica que a população urbana da América Latina deve chegar a 89% em 2050. O documento, divulgado na manhã desta terça-feira (21/8), revela também que a taxa de urbanização no Brasil e nos países do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.) chegará a 90% até 2020. No México e nos países da região Andino-Equatorial, o número atual não passa de 85%. O Caribe e a América Central têm taxas de urbanização mais baixas, mas o aumento é constante, com perspectiva de chegar a 83% e 75% da população urbana em 2050, respectivamente.

Sustentabilidade deve ser o futuro

A situação privilegiada, porém, não durará mais que 30 anos e as nações devem aproveitá-la para se preparar para um futuro sustentável, com boa estrutura para os idosos que serão maioria em algumas décadas. Para aproveitar esse momento, o estudo sugere uma série de medidas e novo modelo de crescimento diferentes dos atuais, que impulsionem a expansão das periferias, de rodovias, condomínios fechados e veículos individuais.

A proporção de pessoas vivendo em favelas diminuiu nas últimas duas décadas, mas o relatório mostra que cerca de 111 milhões de pessoas ainda vivem nesses espaços, a maioria segregada socialmente e espacialmente, com poucos locais de lazer, pouco transporte público, serviços básicos precários e poucos equipamentos sociais e estruturas produtivas. Atualmente, 124 milhões de habitantes nas cidades vivem em situação de pobreza, uma em cada quatro pessoas nas áreas urbanas.



Além de informações sobre população e urbanização, o Estado das Cidades da América Latina e Caribe apresenta dados sobre o desenvolvimento econômico, habitação, serviços básicos urbanos, meio ambiente, gestão de riscos e governança urbana. A elaboração do relatório foi apoiada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Federação Latino-Americana de Cidades, Municípios e Associações de Governos Locais (Flacma), os Ministros e Autoridades Máximas de Habitação e Desenvolvimento Urbano da América Latina e o Caribe (Minurvi), a Aliança para as Cidades e o Banco de Desenvolvimento na América Latina (CAF).

Com informações da Agência Brasil

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