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Berlusconi limpa listas de candidatos para legislativas italianas

Ex-namoradas e suspeitos de participação com a máfia italiana e ex-secretário de estado da Economia foram descartados pelo antigo primeiro-ministro do pais

Agência France-Presse
postado em 22/01/2013 12:39
Silvio Berlusconi teve cautela para limpar as listas de candidatos do Povo da Liberdade (PDL)Roma - O ex-chefe de governo italiano Silvio Berlusconi limpou cuidadosamente as listas legislativas de candidatos de seu partido, Povo da Liberdade (PDL), descartando criaturas sexys e políticos acusados de vínculos com a máfia, revelou nesta terça-feira (22/1) a imprensa italiana.

Nas listas "nota-se a ausência das ex-namoradas ou das que pretendiam obter o título do Cavaliere. Nem uma", indicou o jornal La Stampa. A época das apresentadoras de televisão bonitas e sorridentes ficou para trás, acrescentou o jornal ao comentar as listas definitivas para as eleições de 24 e 25 de fevereiro.

Mas Berlusconi também precisou suprimir das listas vários pesos pesados de seu partido, suspeitos de vínculos com a máfia, apelidados pela imprensa de "os inapresentáveis". A luta foi particularmente dura com o ex-secretário de estado da Economia Nicola Cosentino, contra quem pesa uma ordem de prisão da justiça italiana, protegido por sua imunidade parlamentar.

[SAIBAMAIS]Segundo a imprensa, Cosentino pressionou até o último momento, mas não conseguiu conservar seu lugar na lista. Tampouco conseguiu figurar no grupo o senador Marcello Dell;Utri, um dos mais antigos e próximos colaboradores de Berlusconi, condenado em primeira instância a 7 anos de prisão por cumplicidade mafiosa.



No entanto, outros membros do PDL com problemas judiciais conseguiram ser candidatos, começando pelo próprio Berlusconi, que lidera todas as listas senatoriais de seu partido, condenado em outubro passado por fraude fiscal. O líder da lista do PDL em Apulia, sul da Itália, Raffaele Fitto, foi processado por corrupção, abuso de poder e financiamento político ilegal, razão pela qual é passível de uma pena de seis anos de prisão.

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