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Presidente egípcio Mohamed Mursi participa de 'diálogo nacional'

O tema foram as próximas eleições legislativas que foram boicotadas pela coalizão de oposição

Agência France-Presse
postado em 26/02/2013 17:41
Cairo - O presidente egípcio, Mohamed Mursi, participou nesta terça-feira (26/2) do "diálogo nacional" sobre as próximas eleições legislativas, e que foi boicotado pela coalizão de oposição. Esta reunião, destinada a "garantir que as eleições ocorram com o maior grau de transparência e imparcialidade", segundo Mursi, foi transmitida ao vivo na televisão estatal.

Pouco antes, a Frente de Salvação Nacional (FSN), uma coalizão de partidos e movimentos em sua maioria de esquerda e liberais, anunciou seu boicote ao diálogo e às eleições, que devem ser realizadas em dois meses a partir de 22 de abril, considerando que nada pode garantir a transparência.

A coalizão, que acusa a Irmandade Muçulmana de tentar "dominar" todas as instituições do Estado, deseja que suas principais reivindicações, incluindo um governo de "salvação nacional", sejam cumpridas antes de um diálogo. Mursi declarou na abertura do evento que o diálogo "ainda está aberto" para aqueles que não participaram nesta terça-feira.



As Igrejas no Egito (copta, católica e protestante) também indicaram que não participarão do diálogo, de acordo com a agência de notícias Mena, pedindo ao presidente para receber cada uma separadamente para discutir artigos da nova Constituição.

Entre as formações e personalidades que responderam ao apelo do presidente estão Saad el-Katatni, o líder da Irmandade Muçulmana, Yunes Makhyun, presidente do principal partido salafista, o Al-Nour, e o magistrado Mahmud al-Khodeiry. Katatni considerou que "a mudança do governo agora enviaria um sinal negativo", enquanto o país passa por uma grave crise econômica e política. Ele sugeriu que as violações, como "o fato de usar os lugares de culto para fazer campanha", sejam punidos.

O salafista Yunes Makhyun, cujo partido tem tentado mediar o diálogo entre o governo e a FSN, pediu a formação de "um governo imparcial aceito por todos os partidos políticos".

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