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Movimento 5 Estrelas pede novamente pela formação de um governo próprio

Na ausência de uma maioria no Senado italiano, o líder da esquerda, Pier Luigi Bersani, propôs em várias oportunidades uma aliança com o M5S

Agência France-Presse
postado em 29/03/2013 16:36
Roma - O Movimento 5 Estrelas (M5S), que representou o voto de protesto nas eleições legislativas do final de fevereiro na Itália, pediu novamente nesta sexta-feira para formar um governo com seus próprios representantes, recusando-se a apoiar um executivo sob outra liderança.

"Reafirmamos que nós não daremos a nossa confiança a um governo político nem pseudo-técnico que seria formado por esses partidos", declarou o líder do grupo M5S no Senado, Vito Crimi, ao final de um encontro com o presidente Giorgio Napolitano. "Nós dissemos que se trata de um governo de políticos ou de homens políticos disfarçados de técnicos, então, não estamos de acordo", insistiu.

[SAIBAMAIS]Na ausência de uma maioria no Senado, o líder da esquerda, Pier Luigi Bersani, propôs em várias oportunidades uma aliança com o M5S, que fechou a porta, cada vez de forma mais humilhante.

Perguntado sobre a hipótese de um "governo institucional do presidente", Crimi respondeu: "Essa hipótese não está sobre a mesa", mas não chegou a terminar sua frase quando mencionava o "momento em que será anunciado um nome...", algo que a imprensa interpretou como uma porta aberta.

Em troca, "estamos prontos para formar um governo 5 Estrelas, relançamos essa hipótese ao presidente Napolitano", ressaltou o chefe dos senadores do M5S.

O M5S recolheu cerca de um quarto dos votos nas eleições, chegando em 3; lugar atrás da esquerda e da direita.

Além disso, "se o movimento receber um mandato para realizar consultas, nós daremos um nome a Napolitano, assim como tudo o que for útil. Já temos um programa", afirmou Crimi.

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Em declarações concedidas depois a um programa da rádio de seu movimento, "La Cosa", o líder do M5S, Beppe Grillo, criticou a imprensa que havia especulado sobre o fato de que seu partido aceitaria apoiar "um governo pseudo-técnico".

"Estamos no domínio da psiquiatria mais do que no da política", disse, criticando alguns veículos da imprensa que inventam "do nada, e depois discutem isso".

Ele criticou com força os líderes dos partidos tradicionais: "Em quem vamos dar um voto de confiança? A estas pessoas que desintegraram o país durante vinte anos ?".

"Somos pessoas novas que querem mudar o país, as palavras que contam para nós são o senso de comunidade, que ninguém deve ser deixado de lado, que todos tenham o mínimo de cidadania,... Somos como a revolução francesa sem a guilhotina", disse.

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