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Roubos e ações para apagar o passado

postado em 05/05/2013 07:15

Os danos causados ao patrimônio histórico e cultural em períodos de guerra são divididos em três esferas que, frequentemente, se misturam. Uma delas diz respeito a estragos em consequência de enfrentamentos armados e do mau uso de sítios arqueológicos, como aconteceu no Iraque. Segundo um relatório do Comitê Internacional de Coordenação da Unesco para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural do Iraque, situações lamentáveis ocorreram no país. Entre os casos destacados, há o uso de veículos pesados sobre antigos caminhos de procissão, além da escavação de túneis nas ruínas de um sítio usado como base militar por tropas norte-americanas.

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Outro sério problema em zonas de conflito são a pilhagem e o roubo organizado, que se repetem em praticamente todos os países em guerra. Em um caso icônico, mais de 7 mil moedas milenares, joias e pequenas estátuas, conhecidas como o tesouro de Benghazi, foram roubadas de um cofre de banco na Líbia, em 2011, e até hoje não foram recuperadas. Por último, há casos de destruição deliberada, cuja pretensão é apagar registros importantes do passado.

;Por que os nazistas queimaram livros e por que os talibãs destruíram os Budas de Bamyan?;, questiona Varoutsikos. ;Primeiramente, porque o passado é o que dá suporte para o presente;, ele mesmo responde. A tentativa de desestabilizar grupos étnicos, políticos e religiosos está por trás da destruição de templos e documentos sufis em Timbuktu, no Mali, e do incêndio do Institut d;Egypte, biblioteca reduzida a cinzas, onde estavam guardados raros documentos, como um manuscrito de 24 capítulos sobre o país dos faraós, produzido a mando de Napoleão Bonaparte, em 1798.

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