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Integrante do Pussy Riot, Maria Alekhina, em greve de fome é hospitalizada

Maria Alekhina foi presa em fevereiro de 2012 depois de cantar uma "oração punk" na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou

Agência France-Presse
postado em 28/05/2013 14:00
A jovem entrou em greve de fome para protestar contra a decisão do tribunal que a impediu de participar da audiência sobre o pedido de libertação antecipada, que foi rejeitado
Moscou - Uma das duas jovens integrantes do grupo dissidente Pussy Riot, Maria Alekhina, em greve de fome há sete dias, precisou ser hospitalizada nesta terça-feira (28/5), anunciou os seus apoiantes e sua advogada.

"Alekhina foi transferida para a enfermaria da colônia prisional para exames. Macha (abreviação de Maria) está em seu sétimo dia da greve de fome", escreveram os membros do grupo Voina, que apoia as Pussy Riot em sua conta no Twitter.

Uma hora depois, Voina anunciou que os exames foram concluídos e muitos parentes visitariam Maria Alekhina na colônia de Berezniki, nos Urais, onde cumpre sua sentença de dois anos de prisão.

A advogada da jovem, Irina Khrunova, indicou à AFP que os médicos acompanham de perto a saúde de sua cliente desde o início da greve de fome. "Mas hoje os exames foram mais detalhados", disse, sem dar mais detalhes.



A jovem entrou em greve de fome para protestar contra a decisão do tribunal que a impediu de participar da audiência sobre o pedido de libertação antecipada, que foi rejeitado. Várias personalidades, incluindo os cantores Paul McCartney e Peter Gabriel, enviaram cartas de apoio a Maria Alekhina.

No final de abril, Nadezhda Tolokonnikova, a segunda integrante ainda presa do Pussy Riot, também teve negado seu pedido de libertação antecipada.

As mulheres foram presas em fevereiro de 2012 depois de cantarem uma "oração punk" na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, pedindo à Virgem Maria para "expulsar Putin".

Em agosto, elas foram condenadas a dois anos de prisão num campo de trabalho por "vandalismo" e "incitação ao ódio religioso". Uma terceira mulher, também condenada, foi colocada em liberdade condicional.

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