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Agressores de 'capacetes azuis' estavam fortemente armados

Missão conjunta da ONU-União Africana de Nações foram mortos e dezessete ficaram feridos na emboscada realizada por um grupo ainda não identificado

Agência France-Presse
postado em 14/07/2013 20:57

Cartum - Os homens que mataram no sábado (13/7) sete "capacetes azuis" tanzanianos na região sudanesa de Darfur estavam fortemente armados, revelou neste domingo à AFP o chefe da missão conjunta da ONU-União Africana de Nações (Minuad), Mohamed Ibn Chambas. "Tinham RPG (arma anticarro), AK-47 (fuzil de assalto) e até canhões antiaéreos", declarou Chambas, que inspecionou os veículos da patrulha atacada, incluindo uma ambulância identificada que foi crivada de balas.

[SAIBAMAIS]

Sete capacetes azuis tanzanianos foram mortos e dezessete ficaram feridos na emboscada realizada por um "grupo ainda não identificado", no pior ataque em cinco anos de operações da missão em Dafur. O ataque ocorreu perto de uma base da Minuad situada em Manawashi, ao norte de Nyala, principal cidade de Darfur, e a 25 km de outra base, localizada em Khar Abeche.

O Conselho de Segurança da ONU condenou neste domingo (14/7) o ataque "nos termos mais enérgicos" e exigiu que Cartum "inicie rapidamente uma investigação e aplique a justiça aos responsáveis". O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, "condenou este ataque odioso contra a Minuad, o terceiro em três semanas, e espera que o governo do Sudão adote enérgicas iniciativas para levar os culpados à justiça".

Um grupo rebelde de Darfur, a facção Minni Minnawi do Exército de Libertação do Sudão, acusou neste domingo a milícia pró-governo de ter realizado o ataque que matou os capacetes azuis. Já Cartum acusa a Minni Minnawi pelo ataque à patrulha da Minuad.

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