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Especialistas admitem que o racismo ainda está arraigado nos americanos

Combate ao preconceito passaria pelo diálogo nacional e pelo respeito à Constituição

Rodrigo Craveiro
postado em 21/07/2013 06:00
;Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.; Quase meio século se passou desde que essas palavras foram proferidas por Martin Luther King Jr., em 28 de agosto de 1963, diante de 250 mil pessoas reunidas em Washington. A polêmica absolvição do vigia branco George Zimmerman, acusado de perseguir e assassinar o jovem negro Trayvon Martin, despertou a ira da comunidade afro-americana, trouxe à tona tensões raciais arraigadas nos Estados Unidos e deixou claro que o sonho do histórico ativista está longe de se tornar uma realidade. ;Eu podia ter sido Trayvon Martin 35 anos atrás;, desabafou, anteontem, Barack Obama, o primeiro presidente negro da história dos EUA. Especialistas admitiram ao Correio que o racismo é uma ferida aberta no país que se intitula a terra das liberdades civis e da democracia. E alertaram para o risco de um aprofundamento do fosso que separa os negros dos brancos.



;A história da discriminação e da segregação racial está profundamente construída no tecido social norte-americano;, afirmou Harvey Silverglate, um advogado especializado em liberdades civis, baseado em Cambridge (Massachusetts). Segundo ele, como resultado de uma discriminação que perdurou por gerações, o índice de crimes violentos é mais alto na população negra. ;Existe alguma razão para que os afro-americanos sejam vistos em circunstâncias aparentemente suspeitas. A eleição de um presidente negro demonstra que muito progresso foi feito, mas o processo (de eliminação do racismo) precisa seguir por ao menos mais uma geração inteira;, comentou.

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