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Ataque americano à Síria seria breve e limitado, afirma imprensa

A ação em represália à "inegável utilização de armas químicas", segundo o secretário de Estado John Kerry, não deve durar mais de dois dias

Agência France-Presse
postado em 27/08/2013 09:46
O New York Times também afirma que Barack Obama deve ordenar provavelmente uma operação militar limitadaWashington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estuda a possibilidade de um ataque à Síria que deve ser breve e limitado, afirma a imprensa americana, enquanto os países ocidentais se concentram em uma possível intervenção após o suposto ataque químico perto de Damasco.

Este ataque em represália à "inegável utilização de armas químicas", segundo o secretário de Estado John Kerry, não deve durar mais de dois dias e evitará um envolvimento maior dos Estados Unidos na guerra civil que a Síria vive desde março de 2011, destaca o jornal Washington Post, que cita fontes do governo que pediram anonimato.

O New York Times também afirma que Obama deve ordenar provavelmente uma operação militar limitada. Washington poderia ordenar um ataque com mísseis de cruzeiro a partir de centros americanos no Mediterrâneo contra alvos militares sírios, informa o jornal, que também cita fontes do governo. A intervenção seria pontual e não buscaria a derrubada do presidente Bashar al-Assad nem a mudança de curso da guerra civil na Síria, completa o NYT.



Nos próximos dias, autoridades da inteligência americana devem revelar informações que respaldariam a acusação de que o governo sírio seria o responsável pelo ataque com armas químicas de 21 de agosto, que - segundo a oposição - teria provocado 1.300 mortes.

[SAIBAMAIS]O governo dos Estados Unidos está em conversações com os aliados ocidentais, ante a pouca esperança de obter autorização para um ataque do Conselho de Segurança da ONU, já que a Rússia, principal aliado da Síria, bloquearia a medida.

A Rússia pediu nesta terça-feira (27/8) "prudência" aos Estados Unidos e à comunidade internacional e destacou que uma intervenção militar teria consequências "catastróficas" para os países do Oriente Médio e do norte da África. Também pediu a Washington e à comunidade internacional "prudência e respeito estrito ao direito internacional, baseado sobretudo nos princípios fundamentais da Carta da ONU".

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