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Washington alega legítima defesa para justificar ação na Líbia

Comandos americanos capturaram no sábado Abu Anas al Libi em uma rua de Trípoli, quando o dirigente da Al-Qaeda estacionava seu automóvel, e o homem foi levado a um navio para interrogatório

Agência France-Presse
postado em 09/10/2013 20:07
Washington - Os Estados Unidos afirmaram nesta quarta-feira que agiram em legítima defesa na operação realizada no sábado passado para capturar um líder da Al-Qaeda na Líbia, em uma ação duramente criticada por Trípoli.

Os Estados Unidos atuaram dentro das "leis internacionais sobre a guerra e de fato estamos autorizados, de acordo com a lei internacional, a nos defender", afirmou em entrevista coletiva a porta-voz do departamento de Estado Marie Harf.

[SAIBAMAIS]Comandos americanos capturaram no sábado Abu Anas al Libi em uma rua de Trípoli, quando o dirigente da Al-Qaeda estacionava seu automóvel, e o homem foi levado a um navio para interrogatório. A Líbia denunciou a operação como um sequestro e pediu explicações à embaixadora americana no país, Deborah Jones.

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O Congresso Nacional Geral líbio, a mais alta autoridade política do país, solicitou na terça-feira que os Estados Unidos devolvam Al Libi imediatamente.

Segundo a administração do presidente Barack Obama, a operação se insere na autorização para o uso da força militar concedida em 2001 pelo Congresso, que permite ao Executivo empregar a força contra qualquer nação, grupo ou pessoa envolvida nos ataques de 11 de setembro de 2001.

Harf assinalou que Al Libi, interrogado a bordo de um navio no Mediterrâneo, está sendo "tratado humanamente, conforme às leis americanas e à Convenção de Genebra".

Esta convenção "supõe que Libi não será submetido à tortura, à violência ou a tratamentos degradantes, humilhantes ou cruéis (...). Al Libi está sendo tratado de acordo com estes princípios". Harf não informou se Al Libi será enviado aos Estados Unidos ou a outro lugar para ser julgado.

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