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EUA: serviços secretos europeus deviam ser mais bem supervisionados

"Ficariam surpresos ao descobrir o que seus serviços de inteligência fazem e o que não fazem", disse parlamentar norte-americano

Agência France-Presse
postado em 27/10/2013 15:07
Washington - Os serviços de inteligência dos aliados europeus de Washington deveriam ser mais bem supervisionados, seguindo o exemplo da NSA nos Estados Unidos, afirmou neste domingo Mike Rogers, um influente legislador republicano.

Segundo o presidente da comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, "nas capitais europeias não existe" um enquadramento das atividades de escuta das comunicações tão estrito quanto nos Estados Unidos.

[SAIBAMAIS]"Para mim, este é o problema principal. Na Europa precisam dispor de uma estrutura de supervisão melhor. Ficariam surpresos ao descobrir o que seus serviços de inteligência fazem e o que não fazem", declarou à emissora CNN.

As revelações da semana passada sobre o alcance dos programas de vigilância da NSA nos países europeus, que deixaram em evidência inclusive a escuta das comunicações por celular da chanceler alemã Angela Merkel, "não foram chocantes para os serviços" europeus, embora tenham sido para os governos para os quais trabalham.

Por outro lado, o legislador assegurou que as publicações do jornal francês Le Monde, segundo o qual a NSA teria escutado em um único mês 70 milhões de conversas na França, são "100% falsas".

"Se os franceses soubessem exatamente do que se tratou, certamente aplaudiriam e abririam champanhe. É algo bom, que protege os franceses", argumentou Rogers.



Consultado sobre a necessidade de espionar países aliados, o legislador invocou a situação na Europa "nos anos 1930, diante da ascensão do fascismo e do comunismo".

"Não vimos o que se aproximava e isto custou a vida de dezenas de milhões de pessoas", afirmou, destacando que naquele momento os Estados Unidos decidiram não espionar países amigos

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