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EUA têm maior mortandade de golfinhos já registrada no Atlântico

O aparecimento de animais mortos começou em julho e se espalhou pela costa, de Nova York à Flórida

Agência France-Presse
postado em 08/11/2013 19:31
Vírus similar ao sarampo estaria matando os golfinhos Um total de 753 golfinhos nariz-de-garrafa morreram ao longo da costa do oceano Atlântico devido ao Morbili vírus, um vírus similar ao sarampo, superando as mortes causadas por um surto registrado 25 anos atrás, informaram fontes oficiais esta sexta-feira (8/11). O aparecimento de animais mortos começou em julho e se espalhou pela costa, de Nova York à Flórida, acumulando mais de 10 vezes o número normal desses golfinhos encontrados mortos em um ano inteiro. O número recorde foi registrado em apenas metade do tempo do evento de 1987-1988 que matou mais de 740 animais, aumentando a preocupação de que esta mortandade possa ser ainda maior do que o observado, informou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). "As redes de resgate estão trabalhando muito para dar conta deste número assombroso", disse Teri Rowles, da NOAA. Também há alguns indicativos precoces de que o surto de Morbili vírus possa estar se espalhando, pois um algumas baleias jubarte e cachalotes-pigmeus tiveram exames positivo. No entanto, os cientistas não conseguiram confirmar que o Morbili vírus seja a causa da morte, pois os animais se encontravam em estado de decomposição avançado, impedindo a realização de exames. "Agora não há nada que possa ser feito para evitar a infecção por disseminação ou prevenir que os animais que forem infectados tenham doenças clínicas severas", disse Rowles. Ela também afirmou que não é claro qual a proporção da população de golfinhos nariz-de-garrafa afetada ou o que causa este surto incomumente sério. "Ainda há muitas perguntas sem respostas", declarou a jornalistas. Os seres humanos não correm risco de pegar o Morbili vírus, mas são suscetíveis a bactérias e a outros agentes patogênicos encontrados nas carcaças. Por isso, são aconselhados a procurar especialistas se virem algum golfinho na costa.

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