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Milhares de pessoas protestam em Paris contra política de Hollande

Os organizadores - uma reunião de movimentos de direita e extrema-direita e de católicos conservadores - tinham como objetivo denunciar a 'ação deletéria' do governo 'que nos leva à beira de um precipício'

Agência France-Presse
postado em 26/01/2014 15:16

Os organizadores - uma reunião de movimentos de direita e extrema-direita e de católicos conservadores - tinham como objetivo denunciar a 'ação deletéria' do governo 'que nos leva à beira de um precipício'
Paris
- Milhares de pessoas foram às ruas de Paris neste domingo de chuva para protestar contra a política do governo de François Hollande - constataram jornalistas da AFP.

A política estimou que cerca de 17.000 manifestantes participaram do movimento chamado "Dia de Raiva", mas os organizadores falam em 120.000 pessoas, número superestimado, segundo os jornalistas que estavam no local.

Os organizadores - uma reunião de movimentos de direita e extrema-direita e de católicos conservadores - tinham como objetivo denunciar a "ação deletéria" do governo "que nos leva à beira de um precipício".

Eles pediram para que o presidente socialista deixe o cargo "imediatamente".


Os manifestantes, muitos vindos com seus familiares, desfilavam gritando "não ao casamento gay" ou "Europa secessão, a França é uma nação".

Simpatizantes do polêmico comediante Dieudonné, cujo espetáculo foi proibido pela justiça recentemente, em razão do conteúdo fortemente racista e antissemita, também participaram da passeata.

O desfile partiu da praça da Bastilha e seguiu até a esplanada de Invalides, distante cerca de 5 quilômetros.

O Front National, partido de extrema-direita liderado pela política Marine Le Pen, informou que não fazia parte dos grupos que se manifestavam neste domingo.

O movimento "Manif pour Tous", líder da oposição contra o casamento homossexual na França, também informou que não tinha envolvimento com o "Dia de Raiva".

À margem da manifestação, uma dezena de militantes feministas do grupo Femen gritaram "vão ralhar em outro canto", antes de serem detidas pelas forças de segurança.

Pelo menos 150 manifestantes foram detidos, segundo fontes das forças de ordem e 19 policiais ficaram feridos.

O ministro do Interior, Manuel Valls, condenou "com a maior firmeza a violência contra as forças de ordem cometidas por indivíduos, por grupos heterogêneos, da extrema e ultra-direita, com o único objetivo de criar desordem".

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