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Egito julga jornalistas acusados de publicar notícias falsas

Dos 20 acusados, apenas oito estão detidos, os demais estão sendo procurados pelas autoridades

Agência France-Presse
postado em 29/01/2014 13:30
Cairo - Vinte jornalistas da rede de TV Al-Jazeera serão julgados no Egito, incluindo quatro estrangeiros acusados de publicar "notícias falsas", indicou nesta quarta-feira (29/1) o Ministério Público. Dezesseis entre eles, todos egípcios, foram acusados de pertencer a uma "organização terrorista" e de "prejudicar a unidade nacional e a paz social", segundo a promotoria em um comunicado.

[SAIBAMAIS]Os quatro estrangeiros -dois britânicos, um australiano e um holandês- foram acusados de "colaborar com (esses) egípcios, fornecendo dinheiro, equipamentos, informações e divulgando informações falsas de que o país estava em guerra civil". Dos 20 acusados, apenas oito estão detidos, os demais estão sendo procurados pelas autoridades. A promotoria não revelou a identidade dos detidos. Mas três jornalistas da Al-Jazeera, o australiano Peter Greste, o egípcio-canadense Mohamed Adel Fahmy e o egípcio Mohamed Baher foram presos em 29 de dezembro em um hotel no Cairo.



O Ministério Público os acusa de ter ligações com a Irmandade Muçulmana, considerada pelas autoridades como uma organização terrorista. Após a destituição e prisão do presidente islamita Mohamed Mursi em 3 de julho pelo exército, as novas autoridades lançaram uma sangrenta repressão contra seus seguidores. E não aprovam a forma como Al-Jazeera tem cobrido a repressão, acusando a rede de aderir à causa da Irmandade Muçulmana. Após declarar a confraria uma organização terrorista, o governo prendeu milhares de seus membros.

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