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Atentado contra turistas sul-coreanos no Egito foi obra de homem-bomba

A bomba explodiu na parte da frente do ônibus na fronteira de Taba, na passagem para Israel, Sinai do Sul

Agência France-Presse
postado em 17/02/2014 13:20

Cairo - A polícia egípcia anunciou nesta segunda-feira (17) que suspeita que um homem-bomba tenha realizado o atentado que matou três turistas sul-coreanos e o motorista egípcio do ônibus atacado no domingo no Sinai.

O ataque, ocorrido em Taba, na fronteira do Egito com Israel, foi o primeiro a tomar como alvo um grupo de turistas desde que começou a onda de violência motivada pela destituição do presidente egípcio islamita Mohamed Mursi pelo exército em julho passado.

Depois de examinar as imagens das câmeras de vigilância, os investigadores acreditam que um camicase pegou o ônibus que levava os turistas e se explodiu. A bomba explodiu na parte da frente do ônibus na fronteira de Taba, na passagem para Israel, Sinai do Sul.

O ministério do Interior disse em um comunicado que os turistas vinham do Cairo e estavam esperando para entrar em Israel quando a explosão aconteceu.

Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque. Vários policiais egípcios e soldados foram mortos em bombardeios no Sinai e no Delta do Nilo, mas o ataque de domingo foi o primeiro a ter turistas como alvo desde a derrubada de Mursi. Os ataques mais mortais foram reivindicados pelo grupo com sede em Sinai, Ansar Beit al-Maqdis, cuja liderança emerge de militantes beduínos que querem um estado islamita na península.

O grupo também assumiu a responsabilidade por derrubar um helicóptero militar no Sinai no dia 25 de janeiro usando um míssil com sensor de calor.

O ataque despertou preocupações que militantes possam usar essas armas para atingir de voos comerciais a resorts no sul do Sinai. Entre 2004 e 2006, egípcios e turistas estrangeiros foram mortos em uma onda de atentados a resorts em Sinai do Sul. Em 1997, militantes islamitas mataram dúzias de turistas em um templo faraônico na cidade de Luxor.

No Cairo, em 2009, um turista francês foi morto em um bombardeio no histórico bazar Khan al-Khalil. Na ocasião, a polícia culpou militantes palestinos da vizinha Faixa de Gaza pelo ataque.

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