Rodrigo Craveiro
postado em 03/03/2014 06:05
A Ucrânia e a Rússia estão muito próximas de um conflito militar imprevisível, depois que Kiev convocou reservistas, mobilizou soldados, fechou o espaço aéreo e acusou Moscou de ter declarado guerra ao autorizar o envio de 150 mil soldados para a península da Crimeia. Um alto funcionário do governo norte-americano confirmou à agência France-Presse que as forças russas mantêm ;completo controle operacional; da região, com 6 mil homens e navios de guerra. ;Não há dúvida de que estão em uma comissão de ocupação na Crimeia;, advertiu.O premiê ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, fez um dramático pronunciamento no parlamento, transmitido em rede nacional. ;Se o presidente russo (Vladimir Putin) quer ser o presidente que iniciou uma guerra entre dois países vizinhos e amigos, entre a Ucrânia e a Rússia, ele está perto de alcançar esse objetivo. Estamos à beira do desastre;, declarou. ;Isso é um alerta vermelho, não uma ameaça. Isso é, na verdade, uma declaração de guerra ao meu país.; O Kremlin alega ter o direito de proteger interesses na Crimeia, cuja maior parte da população é russa.
Vladislav Seleznyov, porta-voz do Centro de Mídia da Crimeia do Ministério de Defesa da Ucrânia, disse à tevê CNN que generais russos moveram tropas para três bases da região e exigiram que forças ucranianas se rendessem. No fim da noite de ontem, cinco oficiais ucranianos ; entre eles o chefe da Marinha, Denis Berezovsky ; juraram lealdade ao povo da Crimeia. O primeiro-ministro regional, Sergey Aksyonov anunciou a criação de uma Marinha própria, enquanto Kiev era sacudida por protestos anti-Moscou.
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