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Oposição volta a se manifestar na Tailândia para pedir a saída do governo

Apesar dos protestos que deixaram 23 mortos e centenas de feridos nos últimos cinco meses, não parece haver uma saída política para a crise no país

Agência France-Presse
postado em 29/03/2014 13:15
Bangcoc - Dezenas de milhares de manifestantes da oposição tailandesa se reuniram neste sábado em Bangcoc para exigir a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, contra quem uma comissão anticorrupção abriu um processo judicial que poderá levar à sua destituição.

Esta nova manifestação anti-governo acontece na véspera das eleições à câmara alta do Parlamento, cujos membros poderiam decidir o futuro político de Yingluck.

Centenas de outros manifestantes se concentraram nos arredores da sede do governo, que há meses não é utilizado pelo gabinete da premiê devido às manifestações.

Na sexta-feira, o Tribunal Constitucional da Tailândia invalidou as eleições legislativas celebradas em 2 de fevereiro, convocadas por Yingluck em uma tentativa de apaziguar os ânimos e o descontentamento da população.

[SAIBAMAIS]

A primeira-ministra e o partido no poder, Puea Thai, estão ameaçados por uma série de diligências judiciais de todos os tipos empreendidas pelos opositores que não perdem a esperança de derrubar o governo.

A Tailândia está muito dividida entre adversários e partidários de seu irmão mais velho, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que fugiu do país em 2008 para evitar a prisão por corrupção.

Apesar dos protestos que deixaram 23 mortos e centenas de feridos nos últimos cinco meses, não parece haver uma saída política para a crise no país.

O movimento opositor quer substituir o governo por um "conselho do povo", que supervisionaria as reformas eleitorais e lutaria contra a corrupção antes de convocar novas eleições.

"Vamos mostrar nosso poder ao governo. Não iremos aceitar eleições sem reformas imediatas", declarou neste sábado o líder das manifestações, Suthep Thaugsuban.

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Yingluck deve comparecer na segunda-feira ante a Comissão Nacional Anti-corrupção (CNAC) para defender-se das acusações de negligência por subsídios concedidos a produtores de arroz.

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