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Venezuelanos se acorrentam para rebater "autorização para protestos"

Os manifestantes gritavam "Onde está a maldita lei que nos proíbe de protestar?" e exibiam cartazes com mensagens como "Lutamos pelo futuro de todos"

Agência France-Presse
postado em 28/04/2014 18:23
Caracas - Cerca de cem estudantes venezuelanos se acorrentaram a grades e árvores em frente à sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no leste de Caracas, para protestar contra uma decisão do tribunal máximo do país que determina a necessidade de autorização para se manifestar.

[SAIBAMAIS]Os manifestantes gritavam "Onde está a maldita lei que nos proíbe de protestar?" e exibiam cartazes com mensagens como "Lutamos pelo futuro de todos", diante do prédio do PNUD, na capital venezuelana.

Na quinta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) determinou que os protestos são um direito político "não absoluto", e por isso devem contar com o aval de autoridades. Sem a autorização, a polícia pode intervir para garantir direitos como o de ir e vir.



"Ocuparemos pelo tempo que for necessário. A resolução foi injusta. Adotamos essa postura para mostrar que não vamos permitir que nos retirem do espaço que tomamos pacificamente para protestar", afirmou a estudante Doiris Albarrán ao canal "Globovisión".

Os manifestantes estão acampados há um mês em dezenas de barracas em frente ao PNUD, bloqueando parte de uma movimentada avenida de de Chacao, município da região administrativa de Caracas.

Uma onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro sacode o país desde o início de fevereiro. Apesar da queda na intensidade, alguns focos de violência persistem no leste de Caracas.

As manifestações deixaram 41 mortos, mais de 700 feridos e 180 detidos.

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