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OMS declara estado de emergência de saúde pública pra a poliomielite

"A decisão para considerar que estão reunidas as condições para um estado de emergência foi unânime", afirma a OMS

Agência France-Presse
postado em 05/05/2014 10:19
Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou nesta segunda-feira (5/5) estado de emergência de saúde pública para a poliomielite, que se propagou em vários países.

[SAIBAMAIS]A OMS celebrou na semana passada uma reunião de emergência sobre a pólio, após o registro, desde janeiro, de casos no Afeganistão, Iraque e Guiné Equatorial. "A decisão para considerar que estão reunidas as condições para um estado de emergência foi unânime", afirma a OMS em um comunicado.

A OMS estima que o maior risco de propagação da poliomielite está no Paquistão, Camarões e Síria, e convoca as autoridades locais a agir com campanhas de vacinação para aqueles que precisam viajar e manter este dispositivo por pelo menos seis meses após verificar que não houve novos casos da doença. Os países onde a doença foi detectada, e que estão incluídos neste estado de emergência, são Afeganistão, Guiné Equatorial, Etiópia, Iraque, Israel, Somália e Nigéria.


A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos. Ela pode causar paralisia em algumas horas e, em alguns casos, ser fatal. O número de casos de pólio caiu mais de 99% desde 1988, passando de 350 mil a 406 casos notificados em 2013. Esta diminuição deve-se ao esforço global para erradicar a doença, segundo a OMS.


Em 2014, há apenas três países onde a doença é considerada endêmica, Afeganistão, Nigéria e Paquistão, enquanto este número era de mais de 125 em 1988. "No entanto, a poliomielite continua a se espalhar internacionalmente a partir de países endêmicos e dos países reinfectados", indica a OMS. Entre janeiro e abril, habitualmente período de baixa transmissão da pólio, três novos casos importados da doença foram detectados: na Ásia (do Paquistão para o Afeganistão), no Oriente Médio (da Síria para o Iraque), e na África Central (do Camarões para a Guiné Equatorial", explica a organização.

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