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Guiné, Serra Leoa e Libéria fecharão fronteira onde surgiu surto de ebola

Anúncio foi feito ao final de uma cúpula de emergência, à qual também assistiram representantes da Costa do Marfim e da Organização Mundial da Saúde

Agência France-Presse
postado em 01/08/2014 16:38
O Presidente de Serra Leoa Ernest Bai Koroma (esquerda),  a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf e o presidente guineense Alpha Conde falam durante uma conferência sobre o vírus Ebola
Conacri -
Guiné, Libéria e Serra Leoa anunciaram nesta sexta-feira (1;/8) que porão em quarentena a região fronteiriça comum onde surgiu o último surto do vírus ebola, que deixou pelo menos 700 mortos.

"Estas áreas serão isoladas pela polícia e o exército. As pessoas nestas áreas sob quarentena receberão ajuda material", afirmou Hadja Saran Darab, secretário-geral do bloco União do Rio Mano, que reúne os países da África ocidental.

[SAIBAMAIS]O anúncio foi feito ao final de uma cúpula de emergência, à qual também assistiram representantes da Costa do Marfim e da Organização Mundial da Saúde, para anunciar um plano de 100 milhões de dólares de resposta à crise sanitária.

A Organização Mundial da Saúde advertiu que a epidemia de ebola que afeta oficialmente três países africanos está se acelerando e pode se propagar sem controle, causando perdas humanas "catastróficas", informou nesta sexta-feira sua diretora, Margaret Chan.

A resposta da epidemia foi "infelizmente inadequada" e em consequência, o vírus "está se movendo mais rápido do que os nossos esforços para controlá-lo", disse Chan aos líderes de Guiné, Serra Leoa e Libéria durante uma cúpula regional.

Na cúpula realizada na capital da Guiné, esta sexta-feira, participam os chefes de Estado de Guiné, Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim e é dedicada à ameaça de epidemia de ebola, que causou mais de 700 mortes no oeste da África.

Os líderes chegaram à capital da Guiné, Conakry, para organizar a mobilização de centenas de médicos extra como parte de uma ajuda de emergência avaliada em mais de 100 milhões de dólares da OMS.

O plano conjunto também reforçará o cordão sanitário nas fronteiras, os esforços de prevenção e o centro de coordenação sub-regional na Guiné. "Se a situação continuar deteriorando-se, as consequências podem ser catastróficas em termos de perdas de vidas humanas, mas também severas em termos socioeconômicos e de alto risco de contágio a outros países", disse Chan.

O atual surto de ebola "é de longe o maior das quatro décadas de história desta doença", alertou.

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