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Morre um dos primeiros críticos da Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung

Ryckmans, que também foi ensaísta e tradutor, faleceu em Canberra, onde morava e era professor desde os anos 70

Agência France-Presse
postado em 11/08/2014 09:33
Canberra - O sinólogo e escritor belga Pierre Ryckmans, que sob o pseudônimo de Simon Leys foi um dos primeiros a alertar para as perseguições do regime de Mao Tsé-Tung, faleceu na Austrália, aos 78 anos. Ryckmans, que também foi ensaísta e tradutor, faleceu em Canberra, onde morava e era professor desde os anos 70, informou a editora Black Inc.

Os livros "Les habits neufs du Président Mao" ("As novas roupas do presidente Mao", 1971) e "Ombres chinoises ("Sombras chinesas", 1974) denunciaram as atrocidades da Revolução Cultural (1966-76) e provocaram grandes polêmicas com aqueles que ele descrevia como "maoístas mundanos", simpatizantes ocidentais do abalo social e político que desestruturou a sociedade chinesa.



Ryckmans nasceu em 28 de setembro de 1935 em Bruxelas e viajou pela primeira vez a China aos 20 anos, depois de iniciar os estudos de História da Arte. O escritor prosseguiu com as pesquisas em Taiwan, Cingapura e Hong Kong. Ele conseguiu dominar o chinês clássico e moderno.

Intelectual e com atuação em várias áreas, Ryckmans publicou estudos sobre a pintura chinesa, sobre os contrastes de André Malraux, sobre Proteu, o deus marinho da mitologia grega, e sobre Victor Hugo.

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