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Com popularidade em queda, Maduro minimiza importância de pesquisas

Governo de Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez (1999-2013), enfrentou entre fevereiro e maio uma onda de protestos em várias cidades

Agência France-Presse
postado em 26/08/2014 19:52
População considera que a situação do país  negativa;  62,3% avaliam de forma negativa a administração de Maduro

Caracas-
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, minimizou nesta terça-feira (26/8) a importância das pesquisas que mostram uma queda em sua popularidade, rejeitando as críticas de alguns setores do chavismo.

"Ninguém vai tirar nada de mim com chantagens. Um dia você cai nas pesquisas, no outro sobe. Eu não vivo de pesquisas", disse Maduro durante um ato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). O presidente também disse que "está na moda" entre alguns setores do chavismo fazer críticas à gestão do governo, principalmente a ministros e altos membros do Executivo.

"Aqueles que me atacam estão enganados. Tentam dissimuladamente nos empurrar para a social democracia (...) Eu não obedeço nem a assessores, nem a marketing, nem a ninguém", acrescentou.

[SAIBAMAIS]Uma pesquisa da consultoria Datanálisis divulgada pela imprensa mostra que 80% da população considera que a situação do país é negativa e que 62,3% avaliam de forma negativa a administração de Maduro, que chegou à presidência em abril de 2013 depois de ganhar com 50,61% dos votos.



O governo de Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez (1999-2013), enfrentou entre fevereiro e maio uma onda de protestos em várias cidades. Os principais alvos dos manifestantes foram a inflação, a escassez de produtos básicos, a corrupção e os altos índices de criminalidade. Os protestos deixaram 43 mortos e centenas de feridos.

Alguns políticos do chavismo, entre eles o ex-ministro do Planejamento Jorge Giordani - que foi ligado a Chávez -, criticaram a gestão de Maduro, tanto que a corrente Maré Socialista, pertencente ao PSUV, exige que sejam investigadas as denúncias sobre entrega irregular de dinheiro a empresas fantasmas por meio do controle de câmbios em vigor desde 2003. "A crítica deve ser construtiva, e não para enfraquecer ou dividir. Qualquer crítica que sirva para dividir a revolução, não serve", disse Maduro.

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