Agência France-Presse
postado em 29/08/2014 17:16
Nova York - Dino Bouterse, filho do atual presidente do Suriname, declarou-se culpado perante a Justiça americana, nesta sexta-feira (29/8), de "tentar fornecer material de apoio e recursos" ao movimento xiita libanês Hezbollah, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos.
[SAIBAMAIS]Bouterse, de 41 anos, está detido em Nova York. Ele também se declarou culpado por tráfico de drogas e posse de armas, informou o escritório do procurador federal Preet Bharara, em um comunicado divulgado após a audiência realizada em um tribunal federal no sul de Manhattan. As acusações preveem pena mínima de 15 anos atrás das grades e máxima de prisão perpétua.
O filho de Desi Bouterse "se declarou culpado de tentar fornecer material de apoio ao Hezbollah, uma organização estrangeira considerada terrorista; da acusação de conspirar para importar heroína para os Estados Unidos; e de uma acusação de porte de arma de fogo em conexão com a conspiração para importar cocaína", explicou a Procuradoria.
Dino Bouterse era diretor da Unidade Antiterrorista do Suriname. Ele foi detido no Panamá em 29 de agosto de 2013, a pedido dos Estados Unidos, e imediatamente extraditado para esse país.
Pouco depois, quando compareceu a um tribunal de Manhattan, ele se declarou inocente das acusações de narcotráfico e de posse de armas. Em novembro passado, porém, a Procuradoria acrescentou a acusação de vínculo com o Hezbollah. Nesta sexta, então, Bouterse decidiu declarar-se culpado das três acusações.