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Presidente colombiano minimiza sintomas de 243 meninas vacinadas contra HPV

A maioria das meninas, com idades entre nove e 16 anos, já recebeu alta e estão sendo tratadas para atacar os sintomas que apresentaram.

Agência France-Presse
postado em 31/08/2014 16:03
Homem faz doação para campanha para ajudar meninas adolescentes  com sintomas de HPV
Bogotá - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, sugeriu neste domingo (31/8) que os sintomas apresentados por mais de 200 meninas num povoado do norte do país poderiam ser fruto de "sugestão coletiva" e não à vacina contra o HPV, como acusam seus familiares.

"Todas as meninas afetadas no [povoado de] Carmen de Bolívar, que são 243 exatamente, foram avaliadas de forma exaustiva e não há, não foi encontrada qualquer evidência de conexão entre os sintomas dessas meninas e a vacina do vírus papiloma humano (HPV)", disse Santos.

"O que está acontecendo? Todos nós nos perguntamos isso. Há várias hipóteses: é possível que estejamos diante de um fenômeno de sugestão coletiva. Fenômenos similares já ocorreram na Espanha, na Austrália e em Taiwan em meio a campanhas massivas de vacinação de adolescentes", explicou o presidente.

Nos últimos dias, 243 meninas apresentaram desmaios, fortes dores de cabeça, movimentos anormais e alteração de seus padrões respiratórios, que as autoridades sanitárias classificaram de "sintomas estranhos" e até o momento, não associam a nenhuma doença específica.

A maioria das meninas, com idades entre nove e 16 anos, já recebeu alta e estão sendo tratadas para atacar os sintomas que apresentaram.

Santos insistiu neste domingo que "a vacina contra o HPV é segura", e afirmou que o ministro da Saúde colombiano, Alejandro Gaviria, irá nesta segunda-feira a Carmen de Bolívar para explicar às famílias que os sintomas das meninas não têm qualquer relação com a imunização.

Uma equipe multidisciplinar já foi enviada à região para avaliar se existe alguma causa ambiental ou psicossocial para a alteração na saúde das jovens.

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