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Grupor armado Boko Haram toma cidade de Bama, no nordeste da Nigéria

Islamitas nigerianos do grupo tomaram o controle da localidade após mais de 24 horas de violentos combates

Agência France-Presse
postado em 02/09/2014 15:16
Maiduguri - Os islamitas nigerianos do grupo armado Boko Haram tomaram o controle de uma localidade na região nordeste da Nigéria, segundo testemunhas, após mais de 24 horas de violentos combates, apesar de o exército nigeriano negar a perda da cidade.

Bama, segunda maior cidade do estado de Borno, encontra-se 70 km ao sudeste da capital regional, Maiduguri.

"Bama está agora nas mãos do Boko Haram, já que não restou nenhum soldado", declarou à AFP Umar Dahiru, um habitante que fugiu da cidade.

O exército nigeriano desmentiu, por sua vez, ter perdido o controle da cidade e reivindicou a vitória em sua conta no Twitter. Em outro tuíte, os militares indicaram segunda-feira (1;/9) à noite que expulsaram os insurgentes nigerianos da cidade.

Milhares de habitantes fugiram dos combates em Bama e se refugiaram em Maiduguri. Segundo várias testemunhas, os combatentes do Boko Haram venceram o exército e tomaram a base militar da cidade.

"Mais de 400 soldados fugiram com os habitantes", acrescentou Umar Dahiru.

"Um grande número" de combatentes do Boko Haram lançou um ataque na madrugada de segunda-feira (1;/9), de acordo com uma fonte de segurança e habitantes.

O exército parecia ganhar terreno até que um caça bombardeou por engano tropas nigerianas, que decidiram fugir, de acordo com Yasir Zarámí, um habitante. "O bombardeio destruiu o quartel", disse ele.



Se a queda de Bama for confirmada, Maiduguri, feudo histórico do Boko Haram, estaria diretamente ameaçado pelos insurgentes islâmicos, que avançam há várias semanas em sua ofensiva na região.

[SAIBAMAIS]O estado de Borno está "prestes" a cair nas mãos do grupo islamita nigeriano, o que poderia "levar a cabo a sua ambição de estabelecer um califado", alertam especialistas.

"Depois de Borno, poderiam tomar os estados vizinhos de Yobe e Adamawa", bem como "os territórios na fronteira com Camarões", "em uma progressão semelhante ao Estado Islâmico no Iraque e na Síria", consideram os especialistas.

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